De acordo com os dicionários, a palavra readequar tem como significado: ato ou efeito de readequar, de ajustar algo, alguém ou a si mesmo a uma nova situação. Assim, fazendo uma analogia, a readequação de qualquer frigorífico significará promover mudanças pontuais para uma nova situação que promoverão o aumento da capacidade de abate.
Entretanto, muitas pessoas podem achar que a readequação de um frigorífico estará restrita unicamente a readequação da estrutura física do local, ou seja, aumentamos o espaço físico e já conseguimos aumentar a capacidade de produção. Mas não é bem assim!
Para Lucas Ferriani, zootecnista e gestor comercial da Barra Mansa Alimentos, para ter o sucesso esperado, a readequação deve passar necessariamente por todas as estruturas do processo.
“A readequação inicia-se na capacidade do curral, passando pela necessidade do aumento físico da sala de abate e de desossa, além da capacidade de armazenagem e aumentar o pessoal ou as horas de trabalho já podem trazer bons resultados”, ressalta.
Ferriani explica ainda que a readequação se torna necessária a partir do momento que a venda se torna maior que a capacidade produtiva, resultando em falta de produto final para o cliente.
Para que a readequação do frigorífico seja eficiente e atenda todas as demandas, é fundamental que se tenha a participação conjunta de todos os setores do frigorífico. Ferriani diz que a base dessa decisão deve partir primeiramente do setor comercial. “O setor comercial deverá guiar os demais setores para atender as demandas de mercados”, diz.
Neste sentido, o gestor comercial da Barra Mansa Alimentos explica que a demandas comerciais serão as principais responsáveis por nortear a decisão pela readequação do frigorífico.
Segundo Ferriani, não há um momento padrão para realizar a readequação, já que esse período deve se basear na necessidade da venda, ou seja, conforme o mercado.
“Restrições de mercado a alguns concorrentes possam ser interessantes sinais de aumento de venda, sendo esse um fator dependente do mercado. Além disso, crises em outros produtores de proteína animal servirão de parâmetro para crescimento”, comenta.
Após a constatação da possibilidade de expansão, Ferriani indica que esse processo deve abranger os outros setores da indústria frigorífica. “As equipes de compra de matéria prima (bovinos), equipes da indústria (gerencia industrial, chefes de setores e PCP – Plano de controle de produção) e equipes de engenharia são os próximos a serem consultados”, explica.
Por fim, Ferraini explica que será a partir dessa premissa que se norteará as necessidades quanto ao tamanho do crescimento em espaço em curral, das áreas de abate e desossa e capacidade das câmaras frias.