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Como a comunicação da indústria de proteína pode melhorar a qualidade do produto comercializado

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O marketing B2B pode ser usado para melhorar as condições de armazenamento e venda de carnes e produtos cárneos

Para a indústria de alimentos e bebidas, o marketing pode ampliar a presença da marca e tornar o relacionamento com os clientes mais próximo. Com o objetivo de garantir a qualidade e a segurança das carnes e produtos cárneos nas gôndolas dos supermercados e nos açougues, é possível utilizar a comunicação com foco no conhecimento do produto.

Estratégias bem estruturadas de marketing B2B (Business to Business), associadas a um conteúdo valioso, geram benefícios para a marca e uma boa relação com o cliente, além de assegurar uma melhor experiência do consumidor com os produtos. 

Carolina de Paula Carvalho, gerente corporativa de Garantia de Qualidade da Marfrig, destaca alguns dos principais pontos de atenção na comercialização de carnes:

  • prazo de validade, que muda se a carne for resfriada ou congelada;
  • temperatura da gôndola e as condições de armazenamento – segundo a legislação brasileira, a carne resfriada deve ser mantida até 7°C e a congelada a menos de -12°C; 
  • observar as características das embalagens e verificar os detalhes do produto, como a cor da carne.

A seguir, especialistas da Marfrig revelam informações valiosas que devem fazer parte da comunicação da indústria de proteína animal.

Quais as principais diferenças entre carne resfriada e congelada?

A carne resfriada, considerada fresca, requer um processo mais rápido até o consumo. Após o abate, são realizados processos de resfriamento, quarteio (cortes de carcaça) e desossa. Em seguida a carne é embalada e já está pronta para a expedição. 

“Na Marfrig, a validade da carne resfriada no mercado interno é de 60 dias, quando mantida refrigerada na temperatura correta. Dessa forma, ela deve ser armazenada sob refrigeração entre 2°C e 7°C e ser consumida dentro do seu prazo de validade. As informações de conservação devem estar presentes no rótulo”, diz Elaine Bedeschi, gerente de Garantia da Qualidade na Marfrig.

Já a carne congelada deve ser submetida a, no mínimo, -12ºC, de acordo com a legislação brasileira. “Não é considerada uma carne fresca por conta do período de validade, que pode ser de até dois anos. Na indústria fazemos o congelamento rápido, que garante a manutenção das características organolépticas da carne”, explica Carolina de Paula Carvalho, gerente corporativa de Garantia de Qualidade da Marfrig.

Cuidados com a integridade da embalagem

Durante o transporte, armazenamento e venda dos produtos, é preciso ter cuidado rigoroso com a integridade da embalagem. A embalagem da carne resfriada é específica e feita com filme plástico composto por várias camadas, o que garante as chamadas “altas barreiras" contra a entrada de oxigênio. “Esta embalagem, conhecida como à vácuo, diminui a oxidação da carne e aumenta sua vida de prateleira”, afirma Elaine. 

Se a embalagem à vácuo for danificada, apresentará folga e entrada de ar, aumentando o risco de contaminação e diminuindo a validade do produto. Quando entra em contato com o ar, é possível observar mudança na coloração da carne e o odor mais forte. 

Já a carne congelada não necessariamente precisa de embalagem com alta barreira e utiliza o método de conservação através do congelamento, que se mostra eficaz, além de amplamente utilizado e aprovado.

Processo correto para congelar e descongelar carnes

Segundo as especialistas da Marfrig, o segredo é a maneira oposta para cada uma das técnicas: o congelamento feito na indústria deve ser rápido, enquanto o descongelamento precisa ser lento. E o mais importante, a carne resfriada deve sempre ficar no refrigerador, e a congelada no congelador, como os próprios nomes sugerem. 

“O descongelamento deve ser feito de forma lenta e em ambiente refrigerado, ou seja, dentro da geladeira ou câmara fria, sem adicionar água ou abrir a embalagem”, diz Elaine. A engenheira de alimentos frisa que a preparação correta do alimento é um dos pontos mais importantes, e a educação do cliente proporciona uma melhor qualidade para o consumo da carne bovina in natura.

O consumo da carne deve ser logo após a abertura da embalagem e não se recomenda o congelamento do produto que foi feito para ser resfriado. “O ideal é que o consumidor escolha os produtos no ponto de venda de acordo com o objetivo e data da preparação”, afirma Carolina.

Não há diferença na forma de preparo entre a carne congelada ou resfriada, o que importa é o descongelamento correto do corte – todos os cortes podem ser armazenados de ambas as formas. 

A questão do sabor é muito particular, dependendo da preferência e cultura entre os consumidores. “O cliente europeu, por exemplo, tem preferência pelo produto resfriado e acaba pagando mais caro para receber uma carne mais fresca (quando comparado com o preço da carne congelada para o mesmo mercado)”, finaliza Elaine.

 

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