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Para evitar contaminação, a tecnologia deverá automatizar todo o caminho dos alimentos

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Da colheita ao supermercado, a automatização de processos como a triagem, distribuição e armazenagem de produtos irá evitar a exposição do ser humano à contaminação. Saiba mais neste artigo com especialistas do IEEE.

A pandemia de covid-19 mostrou que não basta mecanizar os processos para a semeadura e colheita das lavouras. Para evitar a exposição do ser humano à contaminação, é preciso automatizar tudo o que acontece das fazendas até as prateleiras dos supermercados. A tecnologia caminha para esse objetivo.  

A seleção de legumes, hortaliças e frutas, que hoje é feita manualmente, pode no futuro usar técnicas de visão computacional, conforme explica Fabrizzio Soares, membro do Instituto dos Engenheiros Eletrônicos e Eletricistas (IEEE) e professor da Universidade Federal de Goiás.

Na visão do professor, os alimentos seriam colocados sobre esteiras rolantes, monitoradas por câmeras ligadas a computadores, que usariam algoritmos para avaliar os alimentos de acordo com a qualidade, o tamanho e o formato. Já o transporte seria realizado por veículos autônomos, e a operação de carga, descarga e armazenagem, feita por robôs.

"Nas últimas décadas, a engenharia desenvolveu veículos mecânicos para a semeadura e colheita de plantações diferentes, como soja, cana de açúcar, tomate e cenoura. Paralelamente, as técnicas baseadas em agricultura de precisão e inteligência artificial contribuíram para o monitoramento, previsão e mapeamento das lavouras. Embora a intervenção humana tenha diminuído nos últimos anos, ainda existem atividades agrícolas que dependem do homem", avalia Soares.

Tecnologia ajuda a cultivar alimentos mais saudáveis

Nos últimos dois anos, a pandemia despertou a busca por saúde e qualidade de vida. O foco na alimentação e sua relação com a imunidade tem guiado as novas tecnologias em toda a cadeira alimentícia.

O uso da robótica e da automação na agricultura tem um impacto importante na produção de alimentos mais saudáveis, além de aumentar a produtividade global.

Edson Prestes, pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e membro do IEEE – maior organização técnico-profissional do mundo dedicada ao avanço da tecnologia em benefício da humanidade –, trabalha em pesquisa sobre o uso de drones que possam se deslocar por áreas sem cobertura do GPS, o que muitas vezes é comum no campo.

Equipados com câmeras multiespectrais, o sobrevoo desses equipamentos permite gerenciar a colheita, o solo, a fertilização e a irrigação. "Com as imagens multiespectrais, é possível observar a presença de doenças que podem prejudicar a plantação e otimizar a utilização de pesticidas na origem do problema e não por toda a área plantada", explica Prestes.

No Brasil, algumas empresas já trabalham com essa agricultura de precisão. Um dos principais benefícios do uso dessa tecnologia é a diminuição no uso de fertilizantes e, principalmente, de agrotóxicos.

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