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Como implementar a biotecnologia na indústria alimentícia?

Para implementar a biotecnologia na indústria de alimentos, é essencial investir em pesquisa e adotar técnicas para melhorar a qualidade dos produtos. Entenda como esse ramo da ciência pode garantir a segurança alimentar, a preservação do meio ambiente e a satisfação do consumidor.

O uso da biotecnologia na indústria alimentícia tem sido uma força transformadora, oferecendo soluções inovadoras para melhorar a qualidade, a segurança e a sustentabilidade dos alimentos. Utilizando processos biológicos e organismos vivos, ela permite a criação de produtos mais nutritivos, com maior prazo de validade e com menor impacto ambiental.

Nos últimos anos, essa ciência avançada impacta positivamente o setor ao redor do mundo, promovendo avanços significativos em diversas áreas, desde a produção agrícola até a elaboração de alimentos processados. No Brasil, ela tem sido uma aliada essencial para enfrentar desafios como a segurança alimentar e a demanda por alimentos saudáveis e sustentáveis, contribuindo para o crescimento e a inovação no setor.

Confira como a biotecnologia está sendo implementada na indústria alimentícia e como ela pode transformar o futuro dos alimentos que são consumidos diariamente.

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O que é biotecnologia?

A biotecnologia, como o próprio nome sugere, é um campo da ciência que envolve a utilização de organismos vivos, células ou componentes celulares para desenvolver produtos e processos úteis. Ela tem aplicações em várias indústrias, incluindo a saúde, agricultura e alimentos e bebidas.

Esta área interdisciplinar combina conhecimentos de biologia, química, física e engenharia para manipular sistemas biológicos com o objetivo de solucionar problemas ou criar novos produtos.

Na prática, a biotecnologia pode envolver a engenharia genética, no qual o DNA de um organismo é modificado para conferir características desejáveis. Por exemplo, bactérias podem ser geneticamente alteradas para produzir insulina humana, uma inovação crucial para o tratamento do diabetes. Além disso, plantas podem ser modificadas para resistir a pragas e doenças, aumentar seu valor nutricional ou tolerar condições ambientais adversas.

Como a biotecnologia é utilizada na produção de alimentos?

A biotecnologia no setor alimentício pode oferecer diversas melhorias na produção de alimentos. Uma das principais aplicações é a engenharia genética de plantas, permitindo a criação de culturas geneticamente modificadas (GMOs) com características como maior resistência a pragas e condições climáticas adversas.

A biotecnologia pode melhorar o valor nutricional dos alimentos. Por exemplo, o arroz dourado é enriquecido com vitamina A, combatendo a deficiência nutricional. Outros alimentos são fortificados com minerais e vitaminas essenciais, contribuindo para uma dieta mais saudável.

Além disso, a fermentação biotecnológica é utilizada na produção de alimentos e bebidas fermentados como iogurte, queijo e pão. Esse processo melhora o sabor e a textura, aumenta a vida útil e o valor nutricional dos alimentos.

Também é importante destacar que a biotecnologia facilita a produção de proteínas alternativas, como proteínas vegetais e carne cultivada em laboratório. Essas inovações atendem à crescente demanda por alimentos sustentáveis e saudáveis, com menor impacto ambiental e maior ética em termos de bem-estar animal.

cientista com luvas azuis manipulando carne cultivada

5 benefícios da biotecnologia na indústria de alimentos

A biotecnologia tem trazido inúmeras vantagens para a indústria, transformando a forma como os produtos são produzidos, processados e consumidos. A seguir, confira os principais benefícios da biotecnologia na produção de alimentos.

Inovação na produção de superalimentos

A biotecnologia permite o desenvolvimento de superalimentos, que são alimentos enriquecidos com nutrientes essenciais e propriedades benéficas à saúde. Utilizando técnicas de engenharia genética, cientistas conseguem criar variedades de alimentos com altos níveis de vitaminas, minerais e antioxidantes.

Esses superalimentos não só contribuem para a melhoria da saúde pública, mas também ajudam a reduzir a incidência de doenças relacionadas à má nutrição. Ao incorporar nutrientes adicionais diretamente nos alimentos, a tecnologia oferece uma solução eficaz e acessível para problemas nutricionais globais.

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Mais segurança alimentar

A biotecnologia contribui para a detectar e eliminar contaminantes e patógenos nos alimentos. Técnicas avançadas permitem a identificação rápida e precisa de microrganismos nocivos, garantindo que os produtos alimentares sejam seguros para o consumo.

Além disso, ela ajuda a desenvolver métodos de biopreservação, utilizando culturas microbianas benéficas para inibir o crescimento de patógenos e prolongar a vida útil dos alimentos. Isso não só aumenta a segurança dos produtos, mas também reduz o desperdício alimentar, beneficiando tanto os consumidores quanto os produtores.

Maior vida útil

A aplicação da biotecnologia na indústria de alimentos permite aumentar significativamente a vida útil dos produtos. Através da modificação genética, os alimentos podem ser desenvolvidos para resistir ao armazenamento e transporte, mantendo sua qualidade e frescor por mais tempo.

Essa maior durabilidade é benéfica tanto para os consumidores, que têm acesso a alimentos frescos por períodos mais longos, quanto para os produtores e distribuidores, que podem reduzir perdas e desperdícios ao longo da cadeia de suprimentos.

Melhora da qualidade sensorial

A biotecnologia também impacta positivamente a qualidade sensorial dos alimentos, melhorando seu sabor, textura e aroma. Através da modificação genética, é possível realçar características desejáveis nos alimentos, tornando-os mais atrativos e agradáveis ao paladar.

Essa melhoria não apenas aumenta a satisfação do consumidor, mas também pode incentivar uma alimentação mais saudável, já que alimentos nutritivos podem ser desenvolvidos para serem mais saborosos e apetitosos.

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Melhora nutricional dos alimentos

Um dos maiores benefícios da biotecnologia na indústria de alimentos é a possibilidade de melhorar o valor nutricional dos produtos. Através da engenharia genética, alimentos podem ser enriquecidos com vitaminas, minerais e outros nutrientes essenciais, ajudando a combater deficiências nutricionais em diversas populações.

Por dentro da Lei de Biossegurança

A Lei de Biossegurança é um marco legal essencial para a regulamentação e controle das atividades relacionadas à biotecnologia no Brasil. 

Promulgada em 2005, a Lei nº 11.105, estabelece as diretrizes para o uso seguro de organismos geneticamente modificados (OGMs) e seus derivados, garantindo que as inovações biotecnológicas sejam desenvolvidas e utilizadas de maneira responsável e segura.

Um dos principais objetivos é assegurar a proteção da saúde humana e do meio ambiente. Para isso, a lei cria um conjunto de normas e procedimentos rigorosos para a pesquisa, produção, comercialização e liberação de OGMs.

Antes que qualquer produto geneticamente modificado possa ser liberado no mercado, as exigências são:

  1. a realização de estudos de impacto ambiental,;
  2. avaliações de risco;
  3. a obtenção de autorizações específicas.

A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) é o órgão responsável pela implementação e fiscalização da Lei de Biossegurança. Composta por especialistas de diversas áreas, ela avalia os processos e projetos envolvendo OGMs, garantindo que todas as atividades sejam conduzidas em conformidade com os padrões de segurança estabelecidos.

Além de proteger a saúde e o meio ambiente, a Lei de Biossegurança é fundamental para o avanço da biotecnologia no Brasil. Ao proporcionar um ambiente regulatório claro e seguro, a normativa incentiva a inovação e o desenvolvimento de novas tecnologias, permitindo que o país se beneficie de suas  inúmeras vantagens.

Dessa forma, a Lei de Biossegurança não apenas protege, mas também impulsiona o progresso científico e econômico, promovendo um futuro mais seguro e sustentável.

Biotecnologia alimentar no Brasil

A biotecnologia na alimentação brasileira tem avançado significativamente, impulsionando melhorias na qualidade, segurança e sustentabilidade dos alimentos. Um exemplo é o Centro de Pesquisa em Biotecnologia para Alimentos da JBS, inaugurado em 2023 em São Paulo.

Este centro é pioneiro no Brasil e foca na pesquisa de proteínas cultivadas. A JBS investiu pesado para desenvolver alternativas sustentáveis e nutritivas à carne tradicional, produzidas a partir de células animais em laboratórios.

Outro marco relevante é a Rede Brasil-Biotec, uma iniciativa governamental lançada em 2021 para fortalecer os setores de indústria, saúde e agronegócio através da biotecnologia. 

A rede promove a colaboração entre instituições de pesquisa, universidades e empresas, impulsionando projetos que aumentam a competitividade do Brasil e promovem a sustentabilidade e segurança alimentar.

A SEMPRE AgTech WIN também se destaca com seu foco na biotecnologia verde para o agronegócio. Em 2023, a startup anunciou um investimento de 190 milhões de reais para desenvolver soluções biotecnológicas que melhoram a produtividade das culturas, reduzem o uso de químicos e promovem práticas agrícolas sustentáveis.

Com pesquisa avançada, colaboração entre setores e apoio governamental, a biotecnologia alimentar no Brasil está pronta para enfrentar os desafios futuros e oferecer soluções inovadoras e sustentáveis para a produção de alimentos.

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Tendências biotecnológicas em crescimento no setor alimentício

A biotecnologia está revolucionando o setor alimentício, trazendo novas tendências que prometem transformar a forma como produzimos e consumimos alimentos. Essas inovações estão focadas em atender às demandas por produtos mais saudáveis, seguros e sustentáveis.

Desenvolvimento de alimentos funcionais

Os alimentos funcionais estão em alta, oferecendo benefícios à saúde além da nutrição básica. Com a biotecnologia, alimentos são enriquecidos com vitaminas, minerais e compostos bioativos, como leite com cálcio e vitamina D para ossos fortes e iogurtes probióticos para a saúde digestiva.

Esses alimentos atendem consumidores preocupados com a saúde e podem reduzir custos de saúde pública ao prevenir doenças. A biotecnologia permite criar alimentos personalizados, adequados para diferentes necessidades populacionais, como idosos, crianças e pessoas com condições específicas.

Utilização de organismos geneticamente modificados

Os organismos geneticamente modificados (OGMs) permitem criar culturas resistentes a pragas e condições climáticas, aumentando a produtividade e reduzindo pesticidas.

Embora existam controvérsias, a biotecnologia avança para garantir segurança e sustentabilidade. Regulamentações e transparência são essenciais para ganhar a confiança dos consumidores e promover a aceitação dos OGMs.

carne cultivada em laboratório vista de cima

Melhora da rastreabilidade e transparência com o consumidor

A biotecnologia está aprimorando a rastreabilidade dos alimentos, permitindo que os consumidores saibam exatamente de onde vêm seus produtos e como foram produzidos. 

Tecnologias, como a blockchain, podem ser integradas com sistemas de biotecnologia para fornecer informações detalhadas sobre cada etapa da cadeia de suprimentos, desde a fazenda até a mesa. Isso aumenta a transparência e ajuda a garantir a segurança alimentar.

A biotecnologia oferece soluções inovadoras que melhoram a qualidade, segurança e sustentabilidade dos alimentos. Empresas que adotam essas tendências permanecem competitivas e preparadas para o futuro, beneficiando consumidores e o meio ambiente.

 

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