O futuro das foodtechs é um tema que desperta interesse, principalmente quando nos encaminhamos para um cenário pós-pandêmico, em que a tecnologia é cada vez mais utilizada.
As foodtechs, vale lembrar, são empresas que aproveitam tecnologias como a Internet das Coisas (IoT), big data e inteligência artificial para transformar a indústria e os serviços voltados para a área da alimentação.
O Food Connection entrevistou Marcelo Villares, diretor operacional da Minha Quitandinha, um minimercado autônomo que leva praticidade e segurança em áreas residenciais e comerciais. O especialista em foodtechs compartilhou sua visão sobre o cenário pós-pandemia.
Foodtechs no pós-pandemia: o atual cenário brasileiro
Para Villares, o cenário atual das foodtechs no Brasil é uma novidade que está recebendo bastante investimento e atenção dos empresários do segmento.
“Diversas startups estão olhando para esse mercado e desenvolvendo uma série de tecnologias para entender cada vez mais o comportamento do consumidor, além de otimizar processos desde a sua fabricação até a distribuição dos produtos”, diz o especialista.
Ele também acredita que é tendência o mercado ser pulverizado com pequenos estabelecimentos descentralizados para atender ao consumidor, o que agiliza o processo para que o produto chegue ao consumidor de forma personalizada e simples.
Tecnologia: as contribuições das foodtechs para o setor de alimentos e bebidas
Villares acredita que os benefícios gerados pelas foodtechs para o setor de alimentos e bebidas são muitos. Entre eles, o especialista destaca a melhor negociação com os fornecedores, no que se refere a preços, condições de pagamento e entrega.
Ele acredita que a negociação é fortalecida, tendo em vista que todo o sistema de abastecimento fica integrado com dados atualizados em tempo real, com a quantidade dos itens em estoque.
Villares também aponta as contribuições das foodtechs para a preservação do meio ambiente.
Em suas palavras: “Benefícios como a logística reversa, geram menor impacto ao meio ambiente, sendo possível o reaproveitamento de embalagens e resíduos, dando o correto destino a eles. Isso é refletido diretamente na redução do desperdício e promove o compromisso social”.
O diretor da Minha Quitandinha também afirma que, com o desenvolvimento das foodtechs, os supermercados e os restaurantes passam a contar com sistemas integrados, permitindo ao cliente realizar suas compras sem sair de casa.
Futuro das foodtechs: as projeções para os próximos meses e anos
Tendo em vista que uma foodtech é orientada a tecnologia, os profissionais precisam sempre estar em busca de inovações, novas ideias, ouvir seus clientes e, acima de tudo, colocá-los sempre como prioridade no negócio.
A partir dessa visão, Villares traça uma previsão sobre o futuro das foodtechs para os próximos meses e anos, em que estaremos vivenciando um cenário pós-pandêmico.
O especialista diz: “O pós-pandemia é um momento de grande expectativa de faturamento para o segmento, já que o consumidor criou novos hábitos de consumo. As empresas estão se adaptando justamente para atender a esse novo padrão, investindo em sistemas robustos, com poder de análise de grandes volumes de dados e também em inteligência artificial”.
O cenário das foodtechs no pós-pandemia é dos mais animadores. Certamente, as indústrias de alimentos, supermercados, restaurantes e outros estabelecimentos que apostarem nisso, terão um bom desempenho no futuro.
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