Vivemos em um mundo onde crescem as preocupações com a qualidade dos alimentos que consumimos. Diante deste cenário, o incremento de inovações e da tecnologia para a proteína animal se tornou regra dentro da indústria frigorífica.
Assim, tecnologias como blockchain, Inteligência Artificial (IA), robótica, Cloud Computing e automação já são realidade na indústria frigorífica, ganhando cada vez mais relevância no segmento de proteína animal.
Para saber mais sobre o avanço da tecnologia para produção animal e as inovações presentes neste setor, conversamos com Júlio Alves, Diretor Técnico de Serviços da Sealed Air para América Latina. Ele nos apresenta algumas inovações, assim como os benefícios que eles proporcionam ao setor de proteína animal.
Principais inovações para produção de proteína animal no ambiente frigorífico
As novas tecnologias dentro do processo de produção da proteína animal já são uma realidade, elas são responsáveis por alavancar os índices de eficiência dos frigoríficos, reduzindo mão de obra e contribuindo para a baixa dos custos, com maior rentabilidade e melhoria da qualidade do produto.
As inovações no ramo de proteína animal podem ser divididas em três áreas:
- Produção de insumos - matéria-prima, compreendendo todos os segmentos associados à fazenda ou granja;
- Industrialização - caracterizada por empresas responsáveis pelo abate e processamento da carne;
- Comercialização e distribuição - Concentrada nas empresas que estão inteiramente vinculadas ao consumidor final
Dentre as variadas tecnologias, Júlio Alves destaca a evolução dos sistemas de automação para embalagens dentro dos frigoríficos (área de industrialização), como por exemplo equipamentos de envase de cortes na indústria frigorífica.
“Com a crescente demanda por cortes menores, aumentando assim o porcionamento dentro dos frigoríficos, inovações desde o processo de ensacamento de produtos, passando por sistemas de vácuo com maior rendimento e performance e até equipamentos para novos tipos de embalagens que podem criar um apelo visual maior surgem no ambiente frigorífico”, diz Alves.
O Diretor Técnico de Serviços da Sealed Air cita como exemplo o filme que funciona como uma segunda pele da proteína. Essa segunda pele oferece alta transparência para que o consumidor visualize a coloração da carne, favorecendo a suculência do produto, valorizando o corte e aumentando o shelf life.
Soluções em automação – Benefícios tangíveis dentro do setor produtivo
Sem dúvidas, as soluções de automação na indústria de proteína animal surgem como um progresso que permite que o setor produtivo da proteína animal apresente maior produtividade, qualidade, precisão, além de ajudar indústrias nos cumprimentos de normas nacionais e internacionais.
Dessa forma, as soluções em automação trazem uma série de benefícios tangíveis, levando maior tecnologia para a proteína animal.
Falando especificamente de automação para carnes embaladas, Júlio Alves explica que os benefícios se refletem já na melhoria de fluxo de produção, elevada performance de vácuo, e ainda um ganho no encolhimento da embalagem.
“Tais benefícios permitem melhorias na aparência final do produto, sendo superiores quando comparadas aos produtos envasados de maneira convencional”, diz.
Ele também destaca que as soluções inovadoras de automação trazem padronização para os processos, reduzindo custos e trazendo mais qualidade e agilidade para processos de embalagem de cortes, por exemplo.
Além disso, Alves explica que as soluções de automação para envase de carne, como a Linha Rotativa, da Sealed Air, aumentam de 30% a 35% a produtividade, se comparado com outros sistemas de envase.
“Atualmente, as linhas têm rendimento entre 24 e 30 pacotes por minuto, com o equipamento Rotativo passam para 40 a 50 pacotes por minuto e a demanda por operadores pode ser reduzida de 3 para 1, disponibilizando mão de obra para setores em que há necessidade de mão de e que há falta de pessoal especializado”, salienta.
Além disso, muitas indústrias ainda enfrentam o problema da alta rotatividade de profissionais. “Com sistemas mais automatizados, a produção tende a ser menos impactada”, diz Alves.
Futuro do uso da tecnologia para a proteína animal
O processo de automação da indústria frigorífica veio para ficar. Por isso, a tendência é que as inovações em automação sigam avançando para processos anteriores à fase da embalagem, como por exemplo o ensacamento de produtos, impressão e etiquetagem de embalagens.
“Há uma tendência de que as soluções de automação sejam mais completas, integradas dentro do ciclo produtivo e ainda com possibilidade para diferentes apresentações que podem inclusive evitar porcionamento nos pontos de venda”, opina Alves.
Por meio da tecnologia, o diretor da Sealed Air acredita que as plantas também irão contar com sistemas que trazem interatividade e conectividade para as máquinas:
“As tecnologias podem permitir que um gestor monitore a produção a partir de um software em um tablet ou celular, com toda visibilidade do andamento dos processos e contando com auxílio de equipe técnica à distância”.
Segundo Alves, outro ponto que seguirá avançando na área de tecnologia para a proteína animal tem relação com a rastreabilidade.
“Este é um fator fundamental para segurança alimentar, e será essencial que as indústrias implementem sistemas e tecnologias que favoreçam a rastreabilidade de seus produtos”, finaliza.
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