Em 2018, dos 10,96 milhões toneladas de carne bovina produzidas pelo Brasil, 21,12% são exportados, desses 78% é carne in natura, 11,08% carne processada e 8% são miúdos, de acordo com dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC). "Há um mix de produtos e dependendo dos países determinamos o que será enviado", explica a diretora executiva da ABIEC, Liège Vergili Nogueira. Hong Kong, China, Egito, Rússia, Irã, União Europeia, Chile, Arábia Saudita, Estados Unidos e Emirados Árabes são os dez principais destinos da carne brasileira. Segundo Liège, para 2019 seguem os players com a China liderando destino da nossa carne.
Na hierarquia da carne: “ingredientes (picados, recheios e moídos) na qual competimos fortemente com a Índia, que exporta carne de búfalo; “culinária” (bife fine, roast beef, meat loaf) em que a carne é parte da receita; na qual competimos com Estados Unidos que abastece mercados nos quais não entramos, e “gourmet/premium” (steak, bife alto, suculento, direto ao fogo/churrasco, textura, sabor, maciez, que dispensa receita, em que competimos com Argentina, Austrália, Estados Unidos e Uruguai.
Dentre os mercados que ainda não acessamos estão Canadá, Coreia do Sul, Indonésia, Japão, México e Taiwan. “São mercados com potencial consumidor, mas com barreiras comerciais travestidas de barreiras técnicas”, comenta a diretora executiva ao lembrar que o Japão fechou acordo com o Uruguai em um cenário semelhante ao que o Brasil pode praticar. “A rastreabilidade individual é um desafio, pois somos maiores territorialmente e temos mais cabeças de gado”.