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Motivos para aproveitar tendência de cortes nobres de carne no açougue

Motivos para aproveitar tendência de cortes nobres de carne no açougue

Entenda como anda o mercado de carnes nobres no Brasil e se vale a pena fazer este investimento.

Você sabia que a comercialização de produtos diferenciados está bastante aquecida no mercado brasileiro? Prova disso é a crescente abertura de novas boutiques de carnes que buscam atender a expressiva procura dos consumidores pelo que chamamos de carnes nobres.

Mesmo perante à recente crise econômica, o mercado de cortes nobres se manteve aquecido, fazendo com que novos empresários se sintam seguros em fazer investimentos maciços no setor. Tal investimento vem sendo realizado em todas as etapas da cadeia produtiva da carne, desde o pecuarista, passando pelos frigoríficos e chegando até as casas de carnes.

Neste contexto, o Programa Carne Angus Certificada, uma parceria entre a Associação Brasileira de Angus e a indústria frigorifica vem se configurando como um ótimo exemplo no ato de oferecer as melhores carnes nobres ao mercado brasileiro.

 

O que são consideradas Carnes nobres?

 

Cortes nobres recebem esse título quando são provindas das melhores partes do gado, sendo normalmente mais macias e saborosas, quando preparadas corretamente.

De acordo com o gerente do Programa Carne Angus Certificada, Fábio Medeiros, o conceito de cortes nobres mudou muito nos últimos anos. “Antes, um pequeno grupo de cortes (picanha, maminha, contra-filé, filé Mignon, alcatra e filé de costela) era considerado nobre, hoje em dia esse mix já se ampliou”.

O “mix mais nobre de carnes” aumentou devido a maior qualificação da pecuária nacional. Com essa qualificação, reduziu-se da idade de abate dos animais e aumentou o cruzamento industrial, tendo a raça Angus como principal representante, participando em mais de 90% dos cruzamentos realizados no Brasil.

Além do mais, animais mais jovens, bem terminados e com genética para produção de carne de qualidade agregaram maior maciez à carne, considerada o primeiro atributo sensorial da qualidade. “Isso permitiu a ampliação da experiência sensorial e a busca por sabores diferentes”, comenta Medeiros.

Hoje comercializamos um grande número de produtos que incluem diversos cortes do dianteiro, anteriormente reconhecidos como “carne de segunda”. Existem cortes como o short ribs (retirado do acém), peixinho e coração de paleta, shoulder steak, bife americano, costela do dianteiro, dentre outros cortes nobres.

Medeiros comenta que com a genética utilizada, capaz de imprimir maciez e marmoreio, não existe limites para a criatividade.

 

O investimento precisa ocorrer em todos os setores

 

As carnes nobres estão se configurando como uma ótima oportunidade de mercado. Por isso, todos os elos da cadeia têm a capacidade em promover investimentos neste mercado em crescimento.

Para o produtor basta aprimorar sua genética através do cruzamento industrial, utilizar uma nutrição adequada aos animais e buscar certificação”, diz Medeiros.

Já o varejo deve procurar os frigoríficos que fornecem estes cortes certificados. Além disso, deve trabalhar seus diferenciais no ponto de venda, visto que o mercado de carnes nobres envolve toda uma experiência diferenciada.

Com a segurança da qualidade, o varejista pode oferecer ao seu consumidor as diferentes opções de cortes e trabalhar estas experiências através de degustações, receitas, etc”, explica o gerente.

 

Carnes Nobres necessitam de certificação especial?

 

Devido à maior especificidade quanto à genética e à nutrição, as carnes nobres necessitam de certificações especificas que garantam a sua qualidade. Através dos selos de qualidade, produtores e frigoríficos conseguem comprovar a qualidade de seus produtos.

No caso da Angus, existem mais de 20 marcas comerciais com o selo de certificação. Medeiros explica que o selo da Carne Angus traz uma série de garantias que não se limitam a raça e a identidade dos produtos.

Garantimos, através de inspetores da própria entidade, a idade dos animais, selecionando apenas animais jovens; acabamento de gordura que garante a proteção das carcaças durante o resfriamento; a aparência e; o percentual mínimo de 3% de gordura intramuscular que confere a suculência ao produto”.

Além disso, os inspetores da Associação Brasileira de Angus visam garantir o padrão de qualidade industrial. “Isso garante que o produto tenha sempre boa apresentação e qualidade”, explica.

 

Vantagens da comercialização das carnes nobres

 

Por ser um mercado diferenciado, a comercialização de carnes nobres pode trazer diversas vantagens ao pecuarista e ao varejista que investirem nele. Comercializar carnes com qualidade diferenciada, além de agregar rentabilidade, agregam grande fidelização ao seu investidor.

Medeiros explica que a rentabilidade dos cortes menos conhecidos é diferenciada (maior) e por isso vale a pena investir em mostrar ao consumidor as diferentes opções a sua disposição.

Quanto à fidelização, Medeiros garante que “paladar não retrocede”, assim o consumidor que prova e tem poder aquisitivo para comprar um produto de qualidade diferenciada irá fidelizar ao estabelecimento/marca e ousa experimentar um mix amplo de produtos.

O potencial deste mercado é outra vantagem interessante, veja o motivo no comentário final de Fábio Medeiros:

No Brasil, temos um mercado potencial para mais de 200 mil toneladas de cortes de alta qualidade, especialmente para consumidores de classes A e B, mas também para os consumidores de classe C que compram este tipo de produto para ocasiões especiais”.

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