São diversas as vantagens quanto à Certificação de frigoríficos. A primeira é a melhor estratégia competitiva devido ao aumento da segurança do alimento, haja visto que quando uma carne é certificada, significa que ela passou por rigorosas avaliações de qualidade.
A certificação tem também o papel de assegurar e atender as exigências dos sistemas de rastreabilidade dos produtos, tanto no mercado interno quanto externo. Com isso, todos os envolvidos na cadeia produtiva ganham em credibilidade, visto que seus produtos apresentam qualidade e segurança.
Além disso, ao adotar certificações especiais, o frigorifico estará capacitado para vender seus produtos para os mercados mais especializados. Estes, por sua vez, pagam mais em troca de um produto de maior qualidade.
Quem pode oferecer a Certificação?
A auditora fiscal agropecuária e gestora do Sistema Brasileiro de Inspeção para o Estado de Minas Gerais, Adriana Cassia de Oliveira explica que na Certificação Governamental o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) através do S.I.F. (Serviço de Inspeção Federal) é quem habilita o estabelecimento e certifica os produtos. Já as habilitações de clientes (Certificação comercial) são de responsabilidade das Certificadoras Particulares.
Atualmente, as principais habilitações para exportação são as da União Europeia, dos Estados Unidos, da China e da União Aduaneira. Há também outros países que possuem exigências especiais, umas pelo volume de exportações outros pela importância da habilitação no mercado internacional. Adriana cita um exemplo:
“Uma empresa que está habilitada a exportar para a União Europeia, mesmo que não exporte corriqueiramente para lá, tem aceitação de seus produtos para a maioria dos outros mercados importadores”, comenta. O mesmo pode se aplicar para as exigências dos EUA.
Por fim, a auditora explica que a Certificação de cada um dos tipos de proteína animal é diferente, onde os critérios e avaliações tendem a ser específicos. Portanto, cada estabelecimento tem sua exigência específica, tanto para o mercado interno quanto para exportação e para cada tipo de produto. Cabe aos frigoríficos se adequarem às regulamentações visando o atendimento da legislação de inspeção industrial e sanitária brasileira, além das normas de sanidade exigidas pelo país importador.