"Nós vimos o que a internet impactou nas nossas vidas nos últimos vinte anos, mas o que vai acontecer hoje é 100 vezes maior", afirma o CEO da Agrus Data e diretor de relações institucionais da Associação Brasileira de Internet das Coisas (Abinc), Herlon Oliveira. "E os agricultores não vão lembrar dos desafios que enfrentamos hoje", completa.
Enquanto no agronegócio há dificuldades em obter dados da produção, reunir essas informações e utilizá-las, na planta industrial como abatedouros e frigoríficos eles já estão disponíveis. E mesmo que existam casos em que o produtor instala câmeras nos barracões, Oliveira explica que hoje a coleta de dados está limitada a triangulação e em como isso infere no comportamento do animal. Existem possibilidades de uso intensivo de imagem, em que processando é possível calcular peso da carcaça e prever onde cada lote vai chegar em quilos – “mas tem barreira de custo”, explica Oliveira.
Entretanto, antes do Big Data ou da inteligência artificial “que decide quando parar ou não uma serra” há etapas a serem construídas; “é obrigação da tecnologia, a interface tem que ser entendível pelo produtor. O ônus é fazer com que entenda é nosso, não é obrigação dele. A curva de aprendizagem com Whatsapp e SMS é zero, só consome informação. Temos que simplificar a realidade”.