Resíduos de abatedouros de frangos, costumam ser tema de debates da indústria brasileira de produção avícola; ora para estudar normas legais para o descarte adequado, ora para o desenvolvimento de tecnologias dedicadas ao reaproveitamento desses produtos. A definição de “resíduos” também varia no meio acadêmico segundo segmento e área de pesquisa. Na cadeia produtiva e de processamento de carnes de frango, são considerados resíduos todos os produtos não diretamente voltados ao consumo humano.
Abatedouros de frangos são considerados responsáveis por parte da poluição das águas das regiões em que estão instalados, por causa da carga poluidora dos resíduos, que têm grande concentração de matéria orgânica solúvel gerada pelo processamento industrial dos animais e da lavagem de equipamentos e instalações. Durante cada etapa dessa cadeia produtiva são gerados, basicamente, diferentes tipos de subprodutos, classificados em três categorias:
- Depenagem: remoção hídrica com jatos de água das penas do piso. Por determinação da Inspeção Sanitária esse material não pode ficar acumulado sobre o piso durante o abate dos frangos. Estima-se que a cada 1000 aves abatidas pode-se recuperar até 250 quilos de penas, o que é interessante do ponto de vista econômico e ambiental.
- Sangria: sangue pode ser comercializado para produção de ração animal.
- Evisceração e preparação da carcaça: origina-se da limpeza dos miúdos e das carcaças, peças condenadas e vísceras não comestíveis. As vísceras abdominais são aproveitadas na graxaria, enquanto as não comestíveis – partes da carcaça que caem no chão e as partes condenadas – são usadas na fabricação de farinhas para alimentação animal.