A carne vegetal é um hambúrguer sem origem animal, mas com um grande diferencial: seu sabor, cheiro e textura são iguais aos da carne bovina.
O produto é resultado do trabalho do empreendedor Marcos Leta pela foodtech 100% brasileira, a Fazenda Futuro. A carne vegetal é composta por vegetais e ingredientes de qualidade e já pode ser encontrada em alguns grandes varejistas e lanchonetes.
A inovação é consequência da tecnologia na indústria de alimentos e de novas demandas de consumo. Quer entender melhor sobre este novo mercado e suas oportunidades? Então, siga com a leitura!
Conheça a carne vegetal
O Futuro Burguer é desenvolvido apenas com vegetais e ingredientes de alta qualidade. Além disso, é livre de glúten e de transgênicos.
A carne vegetal ainda conta com um valor nutricional muito próximo ao da carne vermelha. Portanto, traz a mesma quantidade de proteína, ao passo que tem uma quantidade menor de gordura.
Para chegar a este resultado, foi preciso muito estudo e entendimento da própria carne bovina e seus componentes, como os a aminoácidos que compõe a proteína animal, as cadeias lipídicas que proporcionam sensação de gordura e os compostos voláteis provenientes do sangue bovino, entre outros.
De acordo com a foodtech, tudo isso só foi possível graças a um misto de testes sensoriais e o uso de inteligência artificial.
Como a carne vegetal ainda é um conceito novo no Brasil para escala em distribuições, foram trazidas máquinas da Alemanha, que são usadas originalmente para processar carne animal. Assim, para atender o mercado em escala, foi desenvolvido um processo específico na Fazenda Futuro.
Desafios e oportunidades do mercado
Para Marcos Leta, fundador da Fazenda Futuro, este é um mercado em crescimento e com diversas oportunidades. "Apontaria que a sustentabilidade é um dos principais fatores, pois as pessoas estão se tornando mais conscientes e, consequentemente, em busca de um caminho de equilíbrio. Entre eles, a redução no consumo de carne por vários motivos, como, por exemplo, saúde ou sustentabilidade".
Leta ressalta que já começamos a sentir na "pele" as consequências por causa da criação e produção de produtos de origem animal.
"Cada vez mais pessoas estão tendo acesso às informações sobre a produção de carne que, se continuar crescendo, até 2050 não vai ter terra suficiente para produzir. A gente vai ter que mudar e repensar não só as variações do alimento, mas como desenvolver novas ofertas para realmente deixar os produtos mais baratos".
Para o empreendedor, um dos grandes desafios de trazer a carne vegetal para o Brasil é facilitar o acesso ao produto.
"Acreditamos que ao desenvolvermos tecnologias capazes de criar alimentos sem origem animal idênticos em sabor, textura e cheiro de carne, queremos mostrar que é possível revolucionar a indústria alimentícia sem causar um impacto negativo ao meio ambiente".
Leta complementa que possui uma meta simples, de evoluir com novas geração (versões) da carne e chegar em um volume que se torne mais barato do que a carne de origem animal.
Dessa forma, a carne vegetal tem um potencial enorme no Brasil. Para você ter uma ideia, um relatório do banco inglês Barclays prevê que o mercado chegue a uma receita total de US$ 140 bilhões nos próximos 10 anos.
Estes são os resultados da maior consciência de consumo e da chegada da Indústria 4.0. Por isso, é importante ficar atento e se preparar para as transformações que ainda estão por vir!