O Brasil é o terceiro maior mercado cervejas do mundo, atrás apenas dos EUA e China e tem como perfil predominante de consumir homens, com idade média de 25 a 31 anos, com nível superior e alto nível de interação em mídias digitais, segundo dados de um estudo divulgado pelo Sebrae Inteligência Setorial. Ainda segundo o estudo, existe um grupo de consumidores que aprecia beber cervejas artesanais devido a qualidade, estilo, preço, indicação e inovação identificados no produto. Esse filão, portanto, está de braços abertos para novos rótulos, sendo que empresas que já produzem artesanalmente podem dar um salto em direção ao aumento das vendas ao apostar em uma microcervejaria.
Para fazer essa alteração no modo de produção, além de conseguir todas as autorizações, licenças e alvarás para normatizar o novo formato de funcionamento, é necessário adquirir equipamentos adequados para alcançar escala industrial. “Normalmente, os equipamentos caseiros não dão conta de produções em maior escala, nem atendem as normas sanitárias que regem o funcionamento de cervejarias”, avisa Carlo Enrico Bressiani, diretor geral da Escola Superior de Cerveja e Malte e da Faculdade Épica.
Além de novos equipamentos, também é necessário conhecimento técnico maior e também melhorar a performance da gestão, tanto a administração do negócio quanto os aspectos ligados ao marketing como embalagens e rótulos diferenciados. Tudo para atrair a atenção de um público sedento por inovação. “Fazer uma boa cerveja é bem possível. Fazer com que ela seja escolhida pelo cliente dentre tantas opções é uma arte”, complementa. A cerveja produzida por microcervejarias possui ingredientes selecionados e com sabores, aromas e texturas especiais. Assim, mesmo se produzida em larga escala, um produto com essas características pode continuar com o rótulo de artesanal, um título importante do ponto de vista do marketing.