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Uso da energia solar no setor de alimentos: da produção à distribuição

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Conheça as iniciativas da indústria para utilizar a energia solar no setor de alimentos

A energia solar no setor de alimentos tem sido uma pauta cada vez mais discutida. Ela se apresenta como uma das soluções mais eficientes para reduzir a geração de gás carbônico e destruição ambiental para produção de energia elétrica. Porém, usinas solares não está totalmente isentas de efeitos deletérios para o meio ambiente, podendo causar alterações no uso do solo e ocupar terras produtivas em um mundo que vai precisar aumentar a eficiência do uso da terra para alimentar uma população em crescimento. 

Uma solução são os sistemas agrivoltaicos, que tem se mostrado uma alternativa promissora para a produção de alimentos e de energia, concomitantemente, com o uso sustentável e com uso racional de recursos, criando não apenas polos sustentáveis de geração de energia, mas, também de alimentos. 

Os sistemas agrivoltaicos, feito com placas fotovoltaicas para captação da energia solar, são instalados sobre as plantações de alimentos e ajudam a gerar tanto energia limpa quanto produtos alimentícios. Entre as utilizações, a placa permite, com sua sombra, ajudar no crescimento de hortaliças sensíveis ao sol, diminuindo a exposição aos raios solares.

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ) aponta que países como Itália, França, Alemanha, China, Japão, Estados Unidos e Chile já fazem uso dessa tecnologia em plantações para combinar produção alimentícia e energética. 

Investimentos em energia solar no setor de alimentos

uso de energia solar.jpgPorém, enquanto esses países possuem pequenos sistemas espalhados por seus territórios, a China criou um sistema de grande porte, como o projeto Changshan, da cidade de Quzhou, a oeste da província de Zhejiang. O projeto produz energia elétrica ao mesmo tempo que favorece o plantio de arroz, alimento mais consumido no gigante asiático. 

“Pesquisas de campo ainda devem ser feitas para validar o uso do sistema agrivoltaico em diferentes condições, como diferentes climas, solos e culturas agrícolas. Além disso, novas tecnologias podem ser implementadas, como a utilização de painéis solares fotovoltaicos bifaciais ou transparentes”, pondera o Crea-RJ em artigo sobre as soluções fotovoltaicas e seu uso na agricultura. 

Mas a empresa também utiliza a energia solar na produção de alimentos. Em março de 2023, a operação americana da Nestlé anunciou que está investindo em um projeto solar no Texas em um campo solar que tem pouco mais de 600 hectares, ou cerca de 850 campos de futebol, e promete adicionar 208 megawatts de eletricidade solar à rede elétrica dos Estados Unidos. 

Essa eletricidade renovável será usada para ajudar a fornecer energia a muitas das instalações da Nestlé nos Estados Unidos, onde são produzidas marcas como Nesquik, ração Purina Pro Plan, entre outras. 

O chefe global de Serviços de Engenharia e Tecnologias da Nestlé, Howard Baker, diz que o investimento neste projeto solar é um marco importante para atingir objetivos de sustentabilidade e produção. “Usaremos eletricidade renovável para ajudar a alimentar nossas instalações de fabricação nos EUA, ao mesmo tempo em que contribuímos para aumentar a quantidade de energia renovável disponível nos EUA", afirma. 

Abastecimento de prédios

Mas o uso de energia solar na indústria alimentícia não está limitado à produção. A energia solar também tem sido utilizada por grandes empresas para finalidades diversas, uma delas é o abastecimento de plantas industriais e escritórios inteiros

Na Itália, a Nestlé instalou um sistema de energia solar para abastecer uma fábrica de sorvetes em Ferentino. As placas oferecerão 14% da energia utilizada na fábrica. 

Além disso, em 2022, a empresa instalou em sua sede, na Suíça, mais de 350 painéis fotovoltaicos para captação de energia solar. 

A energia utilizada na sede enquanto era fornecida por fontes não-limpas queimava por ano uma quantidade de gás carbônico que precisaria de 2118 árvores adultas para ser retirada da atmosfera.  

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Uso de energia de fontes sustentáveis

Em 2020, a Solar Coca-Cola anunciou que investiria R$ 200 milhões para que toda sua operação no Brasil fosse abastecida por energia de fontes renováveis. Apesar de a maior parte ser fornecida por fontes eólicas, as fontes solares também seriam utilizadas pela empresa.  O total investido garantiria 26 mil MWh por ano para a empresa a partir de janeiro de 2021.

No caso da Coca-Cola, o projeto de expansão do uso de energia de fontes sustentáveis, incluindo a solar, seria utilizado também nos centros de distribuição. A empresa investiu R$ 28 milhões na substituição de empilhadeiras por equipamentos elétricos em seus centros de distribuição, segundo reportagem do Valor Econômico de janeiro de 2020. 

O diretor de Planejamento Integrado da Solar Coca-Cola, Orlando Fiorenzano, disse que a proposta é “continuar crescendo de forma sustentável em todos os sentidos e a energia renovável faz bem para o meio ambiente, para os negócios, para os consumidores e para toda a população”.

 

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