A forma como o povo japonês encarou os estragos provocados pelo tsunami que atingiu o país em março de 2011 pode ser considerada um caminho a ser seguido pelas empresas brasileiras. Foi o que sugeriu Alaercio Nicoletti Junior, gerente corporativo de qualidade e melhoria contínua do Grupo Petrópolis, durante palestra no Fórum Fispal Tecnologia, realizado nesta quinta-feira, 28 de junho, no São Paulo Expo.
Para o especialista, a população japonesa assumiu, diante da tragédia natural, uma postura pautada por princípios que podem ser perfeitamente aplicados na gestão de uma empresa, como a priorização do coletivo em relação às necessidades individuais de cada um, o trabalho em equipe, o alinhamento de metas e o foco nos resultados.
“Eles também souberam lidar com o inesperado. Apesar do cenário devastador provocado pelo Tsunami, muitos japoneses souberam imediatamente como agir porque foram treinados a como proceder em situações adversas – algo muito distante da realidade das empresas “É só lembrarmos dos orçamentos. Quando é que um orçamento dá certo em uma empresa. Há sempre uma mudança no meio do caminho. É comum isso acontecer, mas precisamos nos preparar para o inesperado”, afirma.
Outros fatores importantes são a filosofia 5S, que busca a melhoria contínua na destinação de todos os recursos utilizados e foi muito bem aplicada pela população japonesa no episódio -, e a cultura do aprendizado. “Precisamos aprender com as oportunidades e os erros, reaplicando assim as melhores práticas em nossos negócios. Não é fácil mudar, mas se a gente não persistir com determinação, nada acontece”, conclui.