As embalagens têm como principais funções proteger e conservar os alimentos e bebidas que estão sendo comercializados, mantendo a sua integridade, além de informar o consumidor sobre o conteúdo do que está sendo adquirido. Atualmente, a função relacionada ao serviço ou à conveniência na utilização do produto também se tornou fundamental, bem como as atribuições de conservar e de ser uma forma de incentivar o consumidor a adquirir aquele produto no ponto de venda, influenciando sua decisão de compra.
Isso porque as pessoas têm cada vez mais uma preocupação sobre os alimentos consumidos, então a forma como a embalagem se comunica tem se tornado ainda mais importante para a venda de determinados produtos na indústria de alimentos e bebidas.
“O primeiro ponto é pensar a embalagem como um sistema. O material é só um pedaço de tudo. Para você definir uma embalagem, é preciso que você responda o que o consumidor deseja. A partir desta resposta, que você consegue obter por meio de pesquisa, fica mais fácil desenvolver embalagens eficientes”, esclarece o professor e coordenador do curso de Engenharia de Produção do Instituto Mauá de Tecnologia, Antônio Cabral.
O papel estratégico das embalagens na indústria de alimentos e bebidas
Percebe-se a cada dia consumidores mais exigentes, o que faz com que a indústria de alimentos e bebidas veja as embalagens como instrumentos de adição de valor, afinal elas podem ser o primeiro contato do consumidor com o produto ou sua marca.
Cabe ressaltar que os clientes, por sua vez, comumente não veem problema em pagar um pouco mais por determinado produto se a embalagem em questão, além de atrativa, cumprir com sua função de proteger o produto pelo tempo que for necessário, for prática e, ainda, de algum modo, agregar valor ao produto. Assim, cada vez mais o apelo junto ao cliente é o valor e não o preço.
É nesse sentido que a novidade se faz cada vez mais fundamental para que as indústrias aumentem sua rentabilidade ao entregar um produto de qualidade, que seja aderente às necessidades de seu público de interesse e ofereça uma embalagem inovadora. “Se a embalagem conseguir contar para as pessoas que aquele produto é novidade, tem informação diferente, tem um aditivo especial, ele terá mais valor”, destaca Cabral.
Essa recomendação se reflete nos resultados de uma pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria), que verificou que 75% das marcas que investiram em inovações no design de suas embalagens tiveram incremento de vendas, sendo que 41% delas também reduziram seus custos de produção.
Eficiência e mais produtividade para as embalagens
Para desenvolver uma embalagem de modo que ela exerça uma função eficiente e mais produtiva, diminuindo custos e prazos, é fundamental que o produto para o qual ela está sendo destinada seja conhecido com muita clareza.
É necessário saber como o alimento ou a bebida em questão se deteriora e de que forma a embalagem pode contribuir para a sua proteção. Nesse contexto, principalmente com foco em eficiência e economia, é essencial conhecer o tempo de validade daquele produto, conforme explica Antônio Cabral.
“Se você acha que um produto dura um ano, mas não é necessário que dure todo esse tempo, tendo em vista que certamente será consumido em um menor espaço de tempo, por exemplo, seis meses, não é necessário colocá-lo em uma proteção exagerada que custe mais dinheiro, ou, ainda, se o produto precisa de refrigeração e o sistema não permite isso, não há porque ir para um lugar muito distante que não tenha esse resfriamento”, salienta.
Quanto à inovação no segmento, o especialista ressalta que “inovar é evitar desperdício. Temos que promover inovação no sentido de garantir que não haja perda”.
Planejar o dimensionamento correto da embalagem também é fundamental. Com isso, consegue-se reduzir custos com processos logísticos, otimizando a ocupação de espaços e do transporte.
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