As características físicas e químicas dos abatedouros de frangos são favoráveis a tratamentos biológicos. A presença de altos teores de gordura pode ser controlada durante todas as etapas do abate. E caso o resíduo tenha alto nível de gordura, esse material deve ser removido antes do tratamento biológico, afinal pode ser responsável pela ineficiência do processo.
Como tais resíduos são altamente biodegradáveis, a escolha do tipo de sistema de tratamento a ser escolhido depende dos critérios econômicos e construtivos de cada negócio. O tratamento bioquímico acontece pela ação de grupos de seres vivos, (micro-organismos como bactérias e fungos, ou organismos maiores como lesmas e minhocas), que ao se alimentarem dos resíduos, quebram suas moléculas grandes transformando-as em uma mistura de substâncias e moléculas menores.
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Fatores como temperatura, pressão e acidez dessa mistura de substâncias influenciam no resultado desse processo pode reagir entre si quimicamente, caracterizando assim o processo bioquímico. Basicamente, existem dois sistemas para tratamento dos resíduos de abatedouros de frango disponíveis atualmente:
- Biodigestor
O biodigestor se apresenta no Brasil como solução eficiente, tanto ao tratamento da linha verde (vísceras, peles, órgãos etc.) como da vermelha (sangue), caso não se consiga utilizar o sangue para produzir nenhum outro produto;
- Lagoas de estabilização
O sistema de duas lagoas aeradas em série (uma aeróbia e outra aeróbia parcialmente anaeróbia) traz vantagens sobre os demais processos que requerem energia adicional para suprir necessidades de oxigênio. Os sistemas de oxidação total são utilizados no Brasil, principalmente quando não se dispõe de área ampla para comportar sistemas de tratamento mais econômico.