O último surto de gripe aviária que ocorreu em 2005 e atingiu países como China, Alemanha e Canadá (contaminando inclusive pessoas no Vietnã, Tailândia e Indonésia) despertou uma forte preocupação por parte dos produtores e importadores de carnes de frango ao redor do mundo - inclusive no Brasil.
Isso porque, além dos prejuízos econômicos decorrentes do descarte de milhões de animais contaminados, a doença também pode se tornar um grave problema de saúde pública, uma vez que o Brasil atualmente é um dos maiores produtores e consumidores de carnes avícolas e um surto poderia causar impactos irreversíveis nos gastos públicos para controle e tratamento de pessoas infectadas.
Levando isso em consideração, o intuito deste artigo é fornecer o máximo de informações sobre a gripe aviária.
- Quais são as causas e consequências da gripe aviária?
- Como se prevenir da gripe aviária?
- O que fazer em caso de contaminação?
Essas (e muitas) serão as perguntas respondidas a partir de agora.
Causas e consequências da gripe aviária
O tipo de vírus causador da gripe aviária é o mesmo responsável pela gripe comum: o influenza (H5N1).
Assim como qualquer outro tipo de vírus, os do tipo influenza estão em constante mutação e por isso, na maioria dos casos, são extremamente complicados (e caros) de serem extintos ou até mesmo controlados por meio de vacinas.
As pandemias - contaminação amplamente disseminada - ocorrem aproximadamente a cada geração, porém na maioria dos casos elas se iniciam de forma imprevisível e a partir de muitas variantes do vírus que circula entre os pássaros em geral (e não necessariamente frangos).
Acredita-se que o último surto de 2005, por exemplo, provavelmente se iniciou por meio de um papagaio contaminado no Suriname e, após ser exportado para a Inglaterra, contaminou outros pássaros que não possuíam os anticorpos específicos para lidar com aquele tipo de influenza.
Tanto do ponto de vista econômico quanto de saúde pública, as consequências da gripe aviária costumam ser devastadoras.
Em 2005 mais de 200 milhões de aves morreram (ou precisaram ser eliminadas) devido ao surto que atingiu desde países menos desenvolvidos, como Tailândia e Vietnã, até países referências na produção de carnes avícolas, como China e Inglaterra.
Além disso, os países contaminados com a gripe aviária sofrem uma série de restrições comerciais que, em países onde a exportação deste tipo de carne corresponde à uma parcela importante do PIB, acabam prejudicando significativamente suas economias.
Quando se trata de contaminação em pessoas, estima-se que a gripe aviária já levou à morte mais de 200 indivíduos ao redor do mundo.
Como se prevenir da gripe aviária?
Como o vírus causador da gripe aviária (influenza H5N1) está em constante mutação, o tratamento através de vacinas geralmente é ineficiente e caro.
Por isso, as medidas preventivas de proteção sanitária e de precaução por parte da população ainda são os melhores meios para evitar novos surtos da gripe aviária.
As medidas preventivas de proteção sanitária são responsabilidades dos governos de cada país e incluem a detecção e avaliação de casos de contaminação preliminares, isolamento de pássaros potencialmente contaminados, fiscalizações rotineiras e programas de instruções para produtores.
O que fazer em caso de contaminação?
Por se tratar de um vírus de alta patogenicidade, todas as ocorrências de gripe aviária devem ser tratadas com rigor e seriedade pelos produtores, governos e população da área contaminada.
Em primeiro lugar, deve-se contatar a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) sobre a contaminação para que a mesma tome todas as medidas cabíveis, como abate de todas as aves domésticas da região, vacinação de crianças em regiões vizinhas e outras ações para controle de proliferação da doença.
Vale lembrar, ainda, que as aves contaminadas com a gripe aviária morrem em, no máximo, três dias. Por isso, o produtor deve ficar atento a qualquer "óbito em massa", uma vez que isso é um forte indicativo de gripe aviária.
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