Com a pandemia vieram novos hábitos, como a digitalização dos serviços de compras. A tecnologia alcançou também para os estabelecimentos, que na reabertura passaram a adotar o cardápio digital. Mas será que a troca do menu físico pelo digital agrada os consumidores? A pesquisa O Futuro do Food Service, realizada pela Fispal Food Service e FGV Jr., revela que a inovação divide a opinião do público.
Dos respondentes da pesquisa, 47% preferem usar o cardápio digital, ao passo que 21% ainda dão preferência ao cardápio físico. Os demais 32% são indiferentes ao tipo de menu apresentado nos estabelecimentos.
Dos consumidores que mostraram preferência pelo cardápio digital, foram questionados os motivos da predileção. Os principais pontos foram higiene (24%) e praticidade (23%). Também se mostraram importantes rapidez (16%) e sustentabilidade (16%), este último critério que esperava-se ser mais relevante. Além de descrição detalhada (11%) e fotos de qualidade (8%).
Diante dos números, fica o dilema: será que vale a pena investir em um cardápio digital? Para o chef Marcelo Ferreira, que também atua como consultor e gestor de projetos gastronômicos, o estabelecimento deve se modernizar, mas manter algumas unidades da versão impressa para determinadas situações.
Vantagens e desvantagens do cardápio digital
Ferreira acredita que vale a pena apostar nas novas tecnologias para apresentar os pratos do estabelecimento para os clientes e listou uma série de benefícios que o cardápio digital traz para os estabelecimentos gastronômicos. São eles:
- Possibilidade de usar imagens mais atrativas nos meios digitais;
- Redução na margem de erros nos pedidos;
- Feedback dos clientes em tempo real;
- Flexibilidade para renovar o cardápio;
- Maior autonomia aos clientes;
- Economia com impressão.
Como desvantagem, o único ponto levantado pelo consultor está relacionado a casos em que o cliente não leva com ele um dispositivo com acesso à internet. “O cliente que ainda não tem acesso à internet não consegue acessar o cardápio digital. Nesse caso, é prudente que o estabelecimento invista em equipamentos para emprestar no momento do pedido”.
Cuidados necessários com o cardápio físico
Em situações em que o cliente está impossibilitado de acessar à internet ou em outras circunstâncias, como uma falha técnica nos softwares, por exemplo, o cardápio físico pode entrar em cena.
De acordo com Ferreira, não existem prós e contras para o cardápio físico, mas sim alguns cuidados que devem ser tomados pelos gestores, tais como:
- Priorizar bons materiais, como papéis de qualidade;
- Ter uma formatação adequada ao estilo do espaço;
- Organizar os produtos de forma adequada;
- Trabalhar com um layout personalizado.
Tendo esses cuidados, na visão de Ferreira, o cardápio físico pode continuar sendo usado, principalmente nos momentos em que a versão digital está indisponível.
Como escolher a melhor opção de cardápio para o seu estabelecimento
A escolha do tipo de cardápio pode variar de acordo com o estilo que se deseja seguir no empreendimento.
“Cada estabelecimento, principalmente os restaurantes, têm a sua identidade comercial, o seu estilo e, consequentemente, o seu nicho comercial. Estando esses pontos definidos, a escolha do cardápio é um passo simples”, diz Ferreira.
Para um estabelecimento mais rústico, como uma cantina italiana tradicional, um cardápio digital pode quebrar o encanto da experiência em que o cliente é imerso.
Em contrapartida, uma hamburgueria com estilo jovem, moderno e urbano, pode parecer ultrapassada se optar apenas pelo cardápio físico. Por isso, apostar na versão digital é a melhor opção.
Para saber mais sobre os novos hábitos e preferências do consumidor, neste momento de retomada do mercado pós-pandemia, confira a pesquisa O Futuro do Food Service na íntegra. Faça o download gratuito.
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