Basicamente, o que difere uma carne orgânica da forma tradicional é a maneira que os animais são criados e o tipo da sua alimentação. Isso porque a produção de carne orgânica inclui a criação de animais ao ar livre durante todo o ano.
Na produção orgânica, os animais são alimentados da forma mais natural possível, sendo criados livremente, se assemelhando bastante com seu habitat natural.
Além disso, segundo a Marfrig o “gado orgânico” é alimentado naturalmente com proteínas vegetais, sem o uso de produtos ou subprodutos de origem animal, também são livres de hormônios ou quaisquer tipos de antibióticos.
A produção orgânica também visa atingir os melhores ecossistemas agrícolas, oferecendo a eles maior sustentabilidade do ponto de vista social, ecológico e econômico, reduzindo a poluição ambiental e alcançando produtos saudáveis que não ofereçam consequências negativas para a saúde humana.
A Marfrig ressalta ainda que por ser certificada, a carne orgânica consegue comprovar seus benefícios. “Um produto certificado implica que existe um organismo de certificação que fornece as garantias necessárias para que os requisitos dos padrões orgânicos sejam cumpridos”, explica.
A produção de carne orgânica resulta em benefícios no curto, médio e longo prazos tanto para o meio ambiente quanto para a saúde humana, como ressalta a Marfrig: “A principal vantagem é a obtenção de produtos alimentares de excelente qualidade alimentar e bons para a saúde humana, provenientes de sistemas de produção sustentáveis, que resultarão em uma população com melhor qualidade de vida a longo prazo”.
Mercado mais específico e "caro"
Apesar das significativas vantagens da produção de carne orgânica, o elevado custo ainda é um grande empecilho para a maior popularização da carne orgânica, principalmente no Brasil.
Segundo a Marfrig, a razão para esse alto custo é que a produção de carne orgânica demanda mais tempo e mais cuidados. Além disso, segundo a empresa, há toda uma documentação do animal a ser abatida neste sistema, sendo necessário providenciar as respectivas certificações auditáveis.
“Todo os procedimentos para que essa produção seja realmente orgânica deve ser auditado por uma empresa certificadora credenciada. Tal fato gera um aumento no custo operacional de produção e comercialização”, explica a empresa.
Por isso, apesar de crescente, a carne orgânica ainda representa uma cadeia produtiva em estruturação, que por isso visa a oferta de produtos para um nicho de mercado bastante específico, em desenvolvimento, que inclusive aceitam pagar mais por um produto mais seguro em todos seus aspectos.