Aparentemente os millennials estão quebrando diversos paradigmas. E o de que vinho é bebida para um público mais maduro, é outro padrão derrubado pela geração nascida entre as décadas de 1980 e 2000. Análise da organização sem fins lucrativos Wine Market Council identificou que os esses jovens dos Estados Unidos beberam mais do que as gerações anteriores: 159,6 milhões de caixas destinadas apenas aos jovens, cerca de 42% de todo o vinho consumido naquele país. Transformando esses números em taças, são três por noite.
Ainda segundo a pesquisa, dois terços desses consumidores abaixo dos 30 anos são mulheres. Outra característica dos millennials em geral é que eles não se preocupam com o valor do vinho e apreciam bebidas produzidas no Chile. A preferência pela bebida fermentada à base de suco de uva deve-se, também, fator socializante de marcar um vinho com os amigos.
De acordo com o presidente da ABS-SP (Associação Brasileira de Sommeliers - São Paulo), Arthur de Azevedo, o jovem finalmente descobriu o vinho. Isso também se manifesta no Brasil.
Azevedo tem testemunhado jovens buscando por vinhos durante jantares românticos, entre amigos e em “confrarias” realizadas em residências, porém, com interesse por vinhos com preço acessível “entre R$ 50,00 e R$ 100,00”. Os gastos, entretanto, variam de acordo com o poder aquisitivo do público. “O cenário ideal para atrair esse público, seria vender mais barato”, avalia o presidente da ABS-SP.