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Laticínios convencionais e plant based: vantagens das plantas híbridas

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Entenda em detalhes o conceito de planta híbrida, utilizada para otimizar a produção de produtos plant-based, e como empregá-lo na indústria de alimentos

Os consumidores estão transformando seus hábitos alimentares rapidamente. Uma das mudanças é o aumento da adesão por produtos à base de plantas, também conhecidos como plant-based. Esse mercado de alimentos de origem vegetal e minimamente processados cresce mais de 13% ano a ano no mundo. 

Na América Latina, o crescimento é de 1,5% ao ano. Para o Brasil, a tendência é de aumento acima da média dos países vizinhos, de 5%, alcançando uma quantia não desprezível dos 53 bilhões de dólares que esse mercado deve atingir em 2030.

Os números otimistas foram apresentados pelo gerente de Vendas da SPX Flow, Gibran Sarras, durante palestra na Arena Fispal Tec. Ele destaca uma característica muito importante: de hoje até o ano 2030, o Brasil vai ter provavelmente mais de 5% da proteína animal sendo substituída pela proteína vegetal nos produtos feitos à base de leite. 

O consumo de produtos plant-based tem crescido entre 2,8% a 3% no Brasil, sendo que a previsão é um crescimento acelerado daqui em diante. Os consumidores que aderem a esse novo padrão de consumo são motivados pelo cuidado com o meio ambiente e buscam uma vida cada vez mais saudável. 

Vale lembrar que esse hábito foi impulsionado depois da pandemia de coronavírus, com as pessoas dando mais atenção à saúde e à origem dos produtos.

Entenda o que é uma planta híbrida

Planta híbrida é um local com capacidade de produzir os laticínios convencionais que conhecemos hoje e um outro laticínio feito à base de proteínas vegetais. Este último trata é um produto muito similar em características ao produto feito da proteína do leite e com poder de absorção muito grande pelo organismo.

“Podemos dizer que também há a possibilidade de se fazer um produto híbrido, usando uma mescla entre a proteína vegetal e a proteína de origem animal”, detalha o gerente de Vendas Sênior da SPX Flow.

As chamadas plantas híbridas podem ter, portanto, um impacto muito grande nos negócios da indústria de alimentos. Afinal, elas podem aumentar o rendimento e eficiência de uma empresa. Para isso, é necessário evitar danos às proteínas durante esse processo complexo. A perda excessiva causada por processos pouco eficientes pode gerar o efeito inverso, aumentando custos e desperdício de alimentos.

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O que precisa ser feito para transformar uma planta tradicional em híbrida?

O especialista Gibran Sarras lista as etapas necessárias para esse processo:

  • Reengenharia dos processos, objetivando se tornar capaz de atender as necessidades próprias da proteína vegetal;
  • Implementar um sistema misturador de alta eficiência;
  • O sistema de troca de calor deverá ser mudado visando atender novos programas de temperatura, já que as proteínas vegetais sob altas temperaturas ou sem o devido tratamento térmico, podem ser danificadas muito rapidamente;
  • A melhor tecnologia a ser utilizada é o sistema UHT - sigla para “ultra high temperature” -, termo que em português significa "temperatura ultra alta”. É um processo baseado na infusão utilizado para esterilização de alimentos por meio do aquecimento;
  • Limpeza da planta terá que ser ampliada e diferenciada;
  • Proteínas vegetais têm características alergênicas. Isso implica que a planta híbrida tenha diferenciação entre suas áreas de produção;
  • Incorporar tanques diferenciados para armazenamento das matérias-primas;
  • Injeção de aditivos deve ser otimizada dentro de um projeto específico para isso;
  • Manter ou melhorar o desempenho e os resultados alcançados com a planta tradicional.

Vantagens das plantas híbridas

As empresas que não transformarem suas unidades em plantas híbridas e especializadas correm um grande risco de perder boa parte do seu público consumidor. Veja, agora, as principais vantagens das plantas híbridas.

Fidelização

A principal vantagem da planta híbrida é a fidelização de seus clientes que estão pensando e tendendo a mudar sua alimentação buscando produtos mais saudáveis e priorizando os itens à base de vegetais. 

Reputação

Somente assim as empresas terão a capacidade para manter seu nome e suas marcas em alta no mercado.

Fatias de mercado

Manter o mercado atual e ganhar um mercado novo.

Flexibilidade

Poder atender o mercado que procura o produto a base da proteína animal e vegetal.

Custos que compensam

O custo de uma planta híbrida nova supera em 60% a transformação de uma planta tradicional de laticínios em híbrida. 

Os maiores desafios

No Brasil, já há empresas que estão em processo de transição para as plantas híbridas. Mas o investimento ainda é pequeno. 

“No meu ponto de vista, os maiores desafios da indústria alimentícia é atuar com os itens a base de vegetais, mantendo as mesmas características visuais e de sabor dos tradicionais que vêm sendo consumidos há anos”, diz Sarras.

“Tudo isso mantendo as propriedades nutricionais e sem repassar o custo de uma planta nova ou da atualização das que já existem ao consumidor final”, complementa.

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Quais os benefícios da proteína vegetal

Como sabemos, existem diversos vegetais ricos em proteínas. Eles são uma alternativa proteica para ser incluída numa dieta saudável. Quando combinados corretamente, plantas, cereais e sementes representam fontes de nutrientes essenciais para o bom funcionamento do organismo. 

Claro que estamos mais acostumados com alimentos ricos em proteínas de origem animal, como leite, carne, queijos e ovos. Mas isso está mudando, não somente no Brasil, mas no mundo todo. Os alimentos mais tradicionais e conhecidos pela sua grande quantidade de nutrientes vão paulatinamente dando espaço para os vegetais ricos em proteína.

E não estamos falando somente de pessoas veganas e vegetarianas. A proteína vegetal está presente, ainda, na mesa de todos que buscam alimentos que garantam mais benefícios à saúde e promovam maior bem-estar às pessoas. Sem esquecer da sustentabilidade do planeta.

As proteínas são macronutrientes formados pela junção de aminoácidos essenciais e não essenciais. Elas apresentam as seguintes funções principais no organismo:

  • Construção e elasticidade dos tecidos;
  • Transporte de substâncias;
  • Composição de anticorpos;
  • Regulação e composição de hormônios.

Todas estas importantes funcionalidades justificam a necessidade de incluir alimentos ricos em proteínas na dieta. Sem esquecer que isso pode ser feito tanto através de alimentos de origem vegetal, quanto animal, incluindo suplementos alimentares.

Como as proteínas vegetais atuam

As proteínas vegetais têm suas particularidades. Elas são indicadas para pessoas com restrições alimentares e também para quem não quer abrir mão de consumir carnes e outros alimentos de origem animal. 

Além da porção proteica, os vegetais são ricos em nutrientes que muitos ainda desconhecem. Para quem segue dietas veganas ou vegetarianas, as proteínas vegetais são fundamentais para manter os níveis recomendados do nutriente no organismo.

Segundo estudos recentes, o consumo de proteínas vegetais não é inferior ao de proteínas animais. Mas todo cuidado é pouco na hora de usufruir dos efeitos específicos entre os tipos de fontes de proteína na saúde. Já que estes dependem de alguns aspectos. 

Uma das variáveis é a individualidade da saúde de cada consumidor. Normalmente, a proteína não é consumida isoladamente. Integra um planejamento alimentar e pode estar presente em apenas uma refeição ou num único alimento. 

Diante disso, o ideal é levar em conta os efeitos potenciais de outros nutrientes para avaliar seus efeitos no organismo de cada um. Sempre considerando que muitas fontes de proteína vegetal vêm com uma série de outros nutrientes, como carboidratos complexos, fibras, vitaminas, minerais e fitonutrientes. Todos fundamentais para manter o corpo saudável.

 

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