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O que o consumidor espera de um café ao frequentar um restaurante?

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Pesquisa O Futuro do Food Service aponta os fatores mais importantes para o consumidor na hora de tomar café fora de casa; confira

O brasileiro tem o café em sua cultura, mas isso não significa que todos consumam a bebida da mesma maneira. As possibilidades são várias, tanto em relação ao produto quanto à experiência e ao momento.

Buscando desvendar as nuances do consumo de café, a Fispal Food Service e a Fispal Sorvetes lançaram a pesquisa O Futuro do Food Service 2022 em parceria com a Empresa Júnior Fundação Getulio Vargas (EJFGV), que contempla esse e outros assuntos de interesse de donos de restaurantes, lanchonetes, cafeterias, sorveterias e outros estabelecimentos.

De acordo com os dados, o sabor tem vantagem sobre todos os outros itens quando a questão é o que motiva o consumidor a tomar café fora de casa: 45,79% dos clientes tem o paladar como orientação no consumo dessa bebida em estabelecimentos de food service.

O segundo maior fator a atrair clientes parta estabelecimentos é o fato de o café ser fonte de energia para um dia de trabalho ou estudo (31,88%). Outros 19,66% consomem a bebida para acompanhar alimentos, enquanto 17,84% utilizam o produto com outros ingredientes.

Ocasião de consumo é o principal motivador para 14,19% das pessoas que consomem café fora de casa, e finalização da refeição contempla o principal interesse de 12,22% das pessoas.

Por fim, o ambiente no qual se consome café é o principal atrativo para 10,96%, enquanto a substituição do doce pela bebida é o principal motivo para 4,07%, segundo os dados da pesquisa.

Sabor como principal fator

Segundo Daniel Corigliano, business manager da Fispal Food Service e um dos idealizadores da pesquisa, a tendência de tomar o café fora de casa vem crescendo, assim como a participação do sabor na decisão do consumidor, mas ele destaca que o melhor sabor não é algo escrito em pedra, mas que varia, conforme o momento e, principalmente, o público.

“A gente não entrou numa questão sensorial do que exatamente é o sabor ideal para cada público. Isso é bem importante porque tem gente que gosta de um café mais gourmetizado, outros que preferem mais doce. O estabelecimento precisa entender o que é sabor para cada cliente. Tem gosto para tudo, tem gente que gosta de café puro, outros que preferem com açúcar. E tem ainda os que optam por sabores mais refinados, entre outros”, detalha.

Ele avalia que uma das possibilidades para os estabelecimentos é apostar na variação de itens. “Num self service, por exemplo, é possível ter uma máquina da Nespresso e também oferecer um café de coador. Isso vai depender da interpretação do estabelecimento sobre o gosto do seu consumidor”, completa Corigliano.   

Gourmetização pode ser benéfica

Mônica Pinto, nutricionista e coordenadora de projetos da ABIC (Associação Brasileira da Indústria de Café), diz que a gourmetização do café é um fenômeno que tem impulsionado o consumo do café fora de casa. “Com o interesse crescente pela bebida, aumenta também a procura pelos diversos tipos de café, não apenas aquele tradicional, consumido em casa”, reforça.

Para os estabelecimentos que desejam oferecer opções mais requintadas, a empresária e proprietária da indústria Celebrity Coffee, Fabiana Ecclestone, explica que é preciso ter alguns cuidados, e os principais estão entre a escolha da matéria prima e o preparo.

“É preciso ter um controle minucioso de secagem através de equipamentos homologados; rastreabilidade dos lotes através de sistema de certificação internacional; e armazenamento adequado dos grãos em tulhas controladas”, diz a empresária.

Produzir o melhor café para públicos específicos pode não ser a tarefa mais fácil para o empreendedor, mas a promessa é de fidelização, levando em conta que a bebida, para além do caráter alimentar, tem um forte apelo cultural, e pode ser a diferença entre um estabelecimento conveniente, que se frequenta eventualmente, e aquele que acaba por despertar no cliente um sentimento de pertencimento e bem-estar.

 

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