De acordo a pesquisa Fispal Food Digital, realizada pela Fispal Food Service e Fispal Sorvetes em parceria com a EJFGV (agência Jr. da FGV), 53,50% dos comércios de refeições concordam que grande parte da receita de seus estabelecimentos é proveniente de entregas de aplicativo.
Do total, 27,20% concordam totalmente e 26,30% concordam parcialmente que o delivery contribui bastante com as receitas da empresa. Por outro lado, 25,9% discordam totalmente e 13,6% discordam parcialmente. Outros 7% não souberam responder.
O estudo mostra que a opção do delivery pode ser especialmente importante para micro e pequenos empreendedores, que são maioria na pesquisa. Porém, a dificuldade para aderir ao serviço está em grande parte relacionada ao custo, com altas taxas relacionadas aos aplicativos que intermediam a relação entre loja e consumidor.
Nesse cenário, o WhatsApp aparece como ferramenta que possibilita atenuar os custos para alavancar o faturamento, como destaca Valentina Costa, da EJFGV e uma das coordenadoras da pesquisa.
“Existe essa questão de as microempresas não terem como gastar com o delivery, mas grande parte dos estabelecimentos afirma que grande parte da receita provém do delivery. A gente percebe que o microempreendedor quer investir no delivery, mas não consegue e por isso tem dificuldade de aumentar o faturamento”, explica Valentina.
“Por isso, o WhatsApp, que não tem taxas, seria tão interessante para esses empreendedores”, completa a coordenadora do estudo. Para quem consegue investir e colocar em prática o delivery, pode até ser beneficiado por uma redução de custos no médio e longo prazo.
Redução de custos
A pesquisa aponta que, entre os benefícios viabilizados pelo serviço de delivery, o maior deles é o de redução de custos: 31% dos comércios consultados disseram que esse é o principal benefício que a empresa teve depois que passou a oferecer o serviço de entrega em seus estabelecimentos.
Daniel Corigliano, Business Manager da Fispal Food Service e Fispal Sorvetes, aponta que o amplo uso do WhatsApp pode facilitar, mas que alguns pontos precisam ser levados em conta para que o estabelecimento não acabe subvalorizando seus custos.
“WhatsApp é uma ferramenta fácil, mas para gerar demanda é preciso fazer divulgação. Quando a empresa vai para iFood ou outro aplicativo que dê suporte, o estabelecimento já tem tudo isso incluído na taxa. O WhatsApp sozinho não vai gerar demanda. O grande segredo é entender a melhor ferramenta na comparação custo/benefício”, explica.
Além da redução de custos, o delivery é apontado pelas empresas usuárias como ferramenta importante para maior controle das operações, benefício indicado como o principal do serviço por 20,4% dos respondentes.
Em seguida, aparece como principal benefício do delivery a fidelização dos clientes, fator considerado por 18,6% dos comércios de alimentos participantes da pesquisa.
Pode-se concluir que grande parte da receita dos restaurantes que utilizam delivery provém desse método de serviço, principalmente para micro e pequenos empreendedores. Apesar de serem beneficiados, também estão mais suscetíveis aos altos custos, portanto cabe aos seus operadores uma boa análise de viabilidade serviço de entrega.
A pesquisa completa Fispal Food Digital está disponível para download gratuito; veja aqui.
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