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Após reivindicações, governo diz concordar em manter Perse até 2026

Após reivindicações, governo diz concordar em manter Perse até 2026 .png

Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha disse que continuação do Perse deve vir junto com um teto de isenção anual; saiba mais

O ministro das Relações Institucionais do governo Lula, Alexandre Padilha, afirmou, na semana passada, que o governo concordou em manter o Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos) até 2026. Segundo Padilha, a proposta do governo é dar continuidade ao programa com teto de 5 bilhões de reais por ano. 

O ministro afirmou que a ideia é “estabelecer esse teto máximo neste valor e, sobretudo, o final do programa, o encerramento do programa, que ele dure até 2026”. A proposta foi aprovada na Câmara na última terça-feira.

O Perse estabeleceu alíquota zero de tributos federais para as empresas do setor de eventos enquadradas no regime de lucro real e presumido, dentre elas, bares e restaurantes. O programa foi criado em 2021 para reduzir o impacto sofrido durante a pandemia da covid-19. 

Reivindicações 

Antes da fala do ministro, o presidente-executivo da Abrasel, Paulo Solmucci, disse que via “com muita preocupação” o possível fim do Perse. 

“Em um cenário de empresas ainda endividadas e com problemas para se recuperar das dificuldades dos últimos anos, temos de avaliar os riscos de uma decisão que pode agravar a situação destes estabelecimentos”, disse Solmucci.  

Em 2023, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, havia proposto o fim gradual do Programa até 2025. 

Solmucci esteve em conversas com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, para encontrar solução que, segundo o executivo da Abrasel, “concilie os desafios do orçamento com a sobrevivência das empresas do setor". 

Volta dos impostos está prevista para maio 

Com a prorrogação da MP que estendeu o Perse, no começo de abril, entrou em vigor a necessidade de recolhimento de PIS e COFINS a partir do mês em questão. 

O recolhimento referente a abril de 2024 está previsto para 25 de maio de 2024, e essa data se repetirá sucessivamente. 

Isso só não acontecerá se, de fato, for estabelecida a continuação do Perse até 2026. 

Para o deputado Gilson Daniel (Podemos-ES), se a extinção do Perse for, de fato, consumada, "a carga tributária das empresas aumentaria drasticamente, interrompendo os novos investimentos e o pagamento de dívidas adquiridas durante a pandemia", disso o parlamentar à Agência Câmara. 

O que falta para a continuidade do Perse?

Para que a continuidade do programa seja consumada é necessário que a proposta do governo seja aprovada agora pelo Senado, depois da aprovação na Câmara dos Deputados no dia 23 de abril.

Segundo Padilha, o governo se reuniu com Arthur Lira para que a proposta fosse fechada e o relatório apresentado. 

 

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