É cada vez menos comum observar em supermercados consumidores escolhendo carne bovina no balcão com a ajuda do açougueiro. Em números da Agas (Associação Gaúcha de Supermercados), por exemplo, 70% da carne bovina vendida no autosserviço de Porto Alegre (RS) é embalada – seja em bandejas porcionadas ou a vácuo - e 30% é comercializado em balcões de atendimento
Analistas apontam a busca por praticidade de serviços como causa dessa mudança de comportamento, além de constatarem o espaço cada vez maior ocupado por prateleiras de autoatendimento com produtos em porções em tamanhos diversos. Na opinião do diretor do Frigorífico Silva, Ivon Silva Junior, a oferta de carne porcionada é um caminho sem volta, por questões higiênicas, otimização de processos e de praticidade de consumo.
De acordo com o analista da Scot Consultoria e zootecnista, Alex Lopes, a carne porcionada costuma ser mais padronizada, com cortes prontos para o consumo; “Uma facilidade para as famílias com cada vez menos tempo”, comenta. Além disso, Lopes explica que embora a maioria da carne no Brasil seja consumida como commodity, produtos com valor agregado tem ganhado espaço nos últimos anos.