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Os principais protocolos de higiene na indústria alimentícia

Os protocolos de higiene na indústria alimentícia são cruciais para garantir a integridade produtiva

Na indústria de alimentos e bebidas, algumas atividades passaram a ser realizadas remotamente, especialmente as administrativas. No entanto, boa parte do trabalho em produtoras de alimentos exige que os funcionários exerçam suas funções presencialmente. E para garantir a segurança, tanto dos colaboradores quanto dos alimentos e a integridade na produção, adotar protocolos de higiene na indústria alimentícia é crucial.

Embora o novo coronavírus não figure entre as doenças transmitidas pelo alimento (DTA), pode ocorrer contaminação de pessoa para pessoa em razão do contato das mãos com mucosas bucais, nasais ou oculares, por exemplo, após o toque em uma superfície contaminada. E isso, em um ambiente fabril, pode se tornar foco de propagação se alguns cuidados não forem reforçados entre os protocolos de higiene na indústria alimentícia.

Na indústria de alimentos, diversas e rigorosas iniciativas de prevenção a contaminações já são adotadas, por exemplo, a partir das boas práticas de fabricação (BPF) e outras normas e legislações do setor.

No entanto, há alguns protocolos de higiene na indústria alimentícia, especialmente os voltados à descontaminação e desinfecção que, em face à pandemia, se tornaram centrais, também, para elevar a segurança produtiva e das equipes.

COVID-19: exemplos de boas práticas e protocolos de higiene na indústria alimentícia 

Para garantir a proteção dos funcionários que trabalham presencialmente e a segurança da produção, há alguns protocolos de higiene na indústria alimentícia e boas práticas que ajudam a reduzir as possibilidades de contaminação e transmissão do novo coronavírus. Entre elas, podemos destacar:

1. Evitar o uso do ar condicionado e, quando necessário, intensificar sua manutenção

De acordo com Alexandre Anaia, diretor da Allonda, a utilização do ar condicionado "deve ser evitada para que seja possível a ventilação natural dos ambientes, através de portas e janelas".

Claro, isso se aplica especialmente aos escritórios. Quando o equipamento se mostra indispensável, é preciso reforçar a manutenção preventiva do sistema de climatização, garantindo que os filtros estejam limpos e adequados, e que a renovação do ar esteja sendo feita em conformidade com exigências legais e normativas. A Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (ABRAVA) desenvolveu diversos materiais orientativos sobre o tema.

2. Ter atenção redobrada com a higienização e descontaminação de elevadores e escadas

Entre os protocolos de higiene na indústria alimentícia, o diretor da Allonda explica que elevadores "merecem atenção, pois não são utilizados apenas por colaboradores. Visitantes, entregadores e outros circulam diariamente por eles. Portanto, partes que têm maior contato com pessoas, como botões de acionamento, espelhos, corrimão interno e portas, devem ser higienizados constantemente".

Quanto às escadas, o especialista esclarece que "assim como elevadores, elas recebem diariamente grande fluxo de pessoas. A mesma higienização recomendada para elevadores deve ser aplicada às escadas, principalmente no corrimão".

3. Adotar medidas que ajudem a evitar aglomerações na empresa

Entre as medidas possíveis, está a de escalonar grupos de trabalho para minimizar as possibilidades de contágio entre funcionários. 

Os ambientes de uso comum, como os refeitórios, apresentam risco potencial de transmissão e demandam alguns cuidados extras, como um maior distanciamento entre mesas, adoção de pratos e talheres de uso individual e intensificação de higienização de mãos e desinfecção do ambiente e das superfícies.

Um estudo preliminar também indicou que, no caso de refeitórios self-service, ter um profissional que sirva os funcionários, reduzindo o contato massivo com objetos, como pegadores, pode ser uma opção mais segura do que cada colaborador se servir no buffet corporativo. 

Em consonância, Alexandre Anaia recomenda que "para se evitar aglomerações, deve-se criar escalas nas quais os colaboradores realizem refeições em horários alternativos. Higienização das mãos antes e depois das refeições é mandatório. Colaboradores que manipulam alimentos devem utilizar máscaras descartáveis".

Novas tecnologias também já estão sendo utilizadas para ajudar nesse desafio. Há, por exemplo, os wearables - dispositivos vestíveis -, como pulseiras inteligentes com sensores que emitem alerta de proximidade entre dispositivos quando o colaborador atinge uma distância de mais ou menos 1,8 metros de um colega. Esse tipo de mecanismo ajuda as indústrias de alimentos a garantirem o distanciamento social determinado e, ainda, auxiliam no rastreamento de contatos no caso de um funcionário ser diagnosticado com COVID-19. 

Outra alternativa a ser considerada é adicionar barreiras físicas que ajudem as equipes a manterem o distanciamento necessário. Ainda, o uso de EPIs e/ou coberturas faciais também é uma medida complementar importante, quando aplicável. 

4. Estabelecer protocolos para a entrada e saída dos funcionários

É indicado haver uma pausa no tempo entre o final de um turno e o início de outro. Isso ajudará a garantir o distanciamento social entre os trabalhadores que entram e saem, e permitirá limpeza e sanitização eficazes da área de trabalho e de espaços como banheiros e vestiários.

O especialista da Allonda lembra que a rotina de "bater o ponto" também merece atenção, "pois o ponto biométrico, por exemplo, exige que colaboradores coloquem seus dedos para registrarem entrada e saída da empresa. Isso se constitui numa das principais formas de contaminação e disseminação do novo coronavírus. Por isso, recomenda-se que empresas busquem outras alternativas para realizar registros de entrada/saída de colaboradores".

Outra ação importante é fazer marcações no chão que ajudem a garantir o distanciamento, especialmente em áreas nas quais podem ocorrer a formação de filas - como a área do ponto.

5. Adotar a medição de temperatura dos funcionários

A febre é um dos sintomas da COVID-19. Por isso, entre os protocolos adotados por muitas empresas, está a aferição de temperatura. E isso pode ser feito de diversos modos. Há equipamentos que efetuam a medição na entrada da empresa, à distância, por meio de tecnologia de termografia aliada a algoritmos de reconhecimento facial dos colaboradores.

Ao identificar um funcionário com febre, a inteligência artificial emite um alerta para o smartphone do responsável para que se inicie um protocolo de triagem e isolamento, conforme o caso, e de encaminhamento para o Serviço de Saúde local.

Esse tipo de solução é vantajoso por ser contactless e automatizado, assim, não é necessário deslocar um funcionário para realizar a tarefa, nem o contato entre pessoas e com superfícies. Cabe destacar que há equipamentos que também monitoram se o funcionário está utilizando máscara de proteção, outra ação que ajuda a elevar a segurança nas empresas.

6. Intensificar protocolos de higiene na indústria alimentícia

Alexandre Anaia salienta que "entre as principais medidas de prevenção divulgadas pela OMS contra o novo coronavírus e outras infecções contagiosas está a de manter constantemente limpos e higienizados materiais, equipamentos, mesas, cadeiras e demais itens que compõem o ambiente de trabalho".

Assim, entre os protocolos de higiene na indústria alimentícia, devem constar a higienização e desinfecção completa e frequente de áreas de maior circulação e de superfícies de toque recorrente - como botões, torneiras, maçanetas, dispositivos de descarga, corrimões, etc. 

A Organização Mundial de Saúde elaborou um guia com orientações para prevenção ao novo coronavírus em locais de trabalho que pode servir de referência para a elaboração desses protocolos de higiene na indústria alimentícia.

Outras ações que podem elevar a segurança nas indústrias de alimentos

Além dos protocolos de higiene na indústria alimentícia que vimos, há outras ações que podem ser consideradas para aumentar a proteção nas empresas. Por exemplo:

Utilizar portas rápidas

Eliminar a obrigatoriedade de toques é uma ação preventiva importante para evitar a transmissão do novo coronavírus. Assim, as portas rápidas, especialmente as com acionadores no touch (sem toque), que abrem por aproximação, ajudam a precaver contaminações pelas mãos. 

Adotar rastreamento de contato

"Colaboradores em ambientes industriais estão sempre em movimento, fato que contribui para o aumento dos possíveis focos de contaminação", lembra Alexandre Anaia.

Por isso, soluções de rastreamento de contato e de acompanhamento de jornadas e movimentações podem ser ainda mais úteis nesse cenário. Ainda, com a visualização das movimentações dos funcionários na empresa, é possível detectar e desfazer cenários de potenciais aglomerações, com envio de alertas automáticos se muitos colaboradores estiverem no mesmo ambiente, o que favorece a interrupção de potenciais cadeias de transmissão.

Além disso, se um trabalhador testar positivo para COVID-19, uma lista de funcionários que estiveram próximos a essa pessoa ou áreas potencialmente contaminadas nos dias anteriores pode ser gerada rapidamente. Isso permite que as empresas respondam agilmente e limitem a propagação do vírus.

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