O Brasil ficou na 94ª colocação no Índice de Variáveis do Crescimento Sustentável que mede a produtividade potencial de 181 países para exemplificar onde os governos devem focar esforços e investimentos para melhorar as perspectivas de crescimento econômico. Na ocasião, foram levados em conta 21 fatores, como a educação, a tecnologia e a força das instituições que têm o poder de influenciar a riqueza futura das nações. Segundo o relatório, o primeiro lugar ficou com a Suíça e o último com a Guiné-Bissau.
Diante desse resultado, confira, a seguir, os principais pontos que impactam a produtividade da indústria brasileira, incluindo, é claro, o setor de alimentos e bebidas, como uma forma de entender e buscar soluções para reverter este quadro.
Inovação
O Brasil é conhecido pela sua biodiversidade, mas ainda não é uma referência no quesito inovação. E diante de um cenário altamente competitivo como o atual, as empresas precisam de todos os setores, incluindo o de alimentos e bebidas, precisam inovar constantemente para evitar o avanço da concorrência do mercado interno e também de países do exterior.
“O Brasil enfrentará a competitividade de países desenvolvidos que possuem alta produtividade, qualidade e, agora, preços muito baixos. O principal benefício para o empresário que começar a investir na Indústria 4.0, no longo prazo, é manter vivo o seu negócio, pois sem produtividade na indústria, qualidade, velocidade de resposta e preços baixos, a empresa corre grande risco de sair do mercado”, alerta Ronaldo Alves, consultor do Sebrae-SP.
Gestão
Um dos grandes pontos que merecem ser abordados para melhorar os índices de produtividade é a utilização de indicadores tecnológicos que auxiliem no planejamento estratégico e no controle operacional da indústria. “Entre os recursos que podem ajudar a medir e a melhorar a produtividade nas empresas, podemos citar a tríade 'Disponibilidade, MTBF e MTTR'”, sugere Alves.
O primeiro é o percentual de tempo programado para a indústria funcionar. Nesse indicador, o empresário precisa se questionar se a sua indústria está, de fato, com a capacidade máxima de produção. O segundo é a sigla que corresponde a ‘tempo médio entre falhas’ (MTBF), uma equação que avalia o tempo de produção, seu histórico e o resultado entre o que foi produzido e o que foi falho durante o processo. Isso ajuda a cortar gastos e tempo desnecessários empregados na produção. Por último, há a sigla que corresponde a ‘tempo médio para consertar’ (MTTR), que é justamente a análise temporal entre um procedimento e outro, entre uma parada e outra, entre um conserto e um reparo, sejam eles preventivos ou não.
Infraestrutura
De acordo com dados de um relatório publicado recentemente pelo Global Infrastructure Hub (GI Hub) do G20, a infraestrutura de transporte brasileira tem muitos desafios pela frente. Segundo o documento, o País conseguirá cobrir somente 56% dos gastos necessários de infraestrutura até 2040. Estas necessidades concentram-se, principalmente, nos investimentos em estradas, cuja soma precisa aumentar em quase 3,5 vezes em relação à taxa atual. Outros setores, incluindo ferrovias, aeroportos e portos, também precisam dobrar seus gastos atuais.
Capacitação
A capacitação dos colaboradores é fundamental para as empresas que buscam criar uma vantagem competitiva frente aos seus concorrentes, ainda mais diante das mudanças proporcionadas pelo avanço tecnológico trazido pelo conceito da Indústria 4.0. O profissional vai precisar se aperfeiçoar em plataformas essenciais para o modelo industrial que será implementado e deverá aprender a manejar softwares e programas específicos, como os de gerenciamento de informações e otimizações de sistemas.
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