Renovar o portfólio de produtos da indústria de alimentos é fundamental para inovar e conseguir maior competitividade. E esta atividade pode ser realizada tanto pelo lançamento de novos produtos quanto pela transformação de algum elemento, como a embalagem ou ingredientes.
Vale dizer que estamos vivendo em um mercado bastante dinâmico, e que os consumidores estão cada vez mais informados. Ainda, há uma tendência muito grande pelo estilo de vida saudável, o que tem levado as empresas a apostarem em produtos com essa abordagem.
Mas, por onde começar a inovar em termos de produtos da indústria de alimentos? Siga com a leitura e confira algumas dicas!
Como saber quando é hora de renovar o portfólio?
"Ao meu ver, o melhor formato para identificar a hora certa de mudança do portfólio é estar muito próximo do usuário do seu produto. E aqui não estou falando dos esforços de vendas, de estar próximo ao varejista ou distribuidor, atendendo-o com esmero e suprindo as suas necessidades (apesar de esta ser tarefa importante). Estamos falando do usuário final, aquele que gera o consumo e que paga, de fato, a conta da cadeia inteira", recomenda Cristina Leonhardt, diretora de inovação da Tacta Food School.
De acordo com a especialista, os donos da empresa precisam estar atentos ao consumidor final durante todo o tempo. Afinal, é dele que partem as mudanças mais significativas de demanda de mercado. Depois, elas são apenas filtradas por cadeias bastante complexas de informação.
"Melhor do que escutar o que o cliente do supermercado quer comprar e atender ao que ele deseja, é conhecer este cliente (ou melhor, este usuário) diretamente, e estar preparado para as mudanças que ele fazendo na sua alimentação e padrão de consumo", complementa.
Existem diferentes ferramentas que podem ser usadas para gerar este tipo de conhecimento sobre o usuário final. Cristina indica para os produtos da indústria de alimentos as do arsenal do design.
Qual o "momento certo" para transformar os produtos da indústria de alimentos e bebidas?
O ideal é ficar atento às mudanças do mercado e das tecnologias com as quais a empresa trabalha. Afinal, são elas que irão ditar o momento correto.
Este "momento ideal" costuma ser muito antes do que a maioria dos empreendedores gostaria. Mesmo porque, renovar os produtos da indústria de alimentos demanda, também, alterar a rotulagem, os processos, o marketing, os canais de distribuição, entre outros.
"Pior do que lidar com tantas mudanças, contudo, é ver, tardiamente, quando o mercado já não se interessa mais tanto pelos nossos produtos, que poderia ter sido feita a renovação de portfólio", constata Cristina.
Como implementar estas mudanças de maneira sustentável?
É preferível dar vez às mudanças rápidas e pequenas ao invés das mais complexas e arriscadas.
"A exposição ao risco diminui se a empresa fragmenta a mudança em pequenos estágios, que, inclusive, serão usados para retroalimentar o projeto com informações reais de vendas", explica a diretora.
Dessa forma, ao invés de lançar 10 novos produtos de uma só vez, baseados em uma grande campanha de marketing, o melhor caminho é escalonar as novidades aos poucos. Com isso, é possível avaliar a receptividade do consumidor e ajustar os produtos ainda não lançados com base em informações reais, geradas por aqueles que já estão no mercado.
"Ao fazer a mudança aos poucos, também temos a oportunidade de fazê-la mais rapidamente, o que pode ajudar a empresa a se antecipar a seus concorrentes, capturando antes deles a oportunidade percebida no mercado", complementa Cristina.
É fato que renovar os produtos da indústria de alimentos não é uma tarefa fácil. No entanto, ela é vital para que a empresa continue crescendo e obtendo lucro.
Um bom planejamento, pautado por processos claros e estruturados, ajuda a avaliar o desempenho. Assim, é possível ter mais agilidade para corrigir as estratégias ao mesmo tempo em que se evita lançar outros produtos que sigam os mesmos erros.