Após a mais longa recessão da história, a economia começa a dar os primeiros sinais de recuperação, tornando mais viável o investimento em inovação por parte das indústrias brasileiras. Afinal, existem tendências em todo o mundo que, se não forem acompanhadas pelas empresas nacionais agora, implicarão em perda de produtividade e, sobretudo, competitividade no mercado.
Um bom exemplo disso é a IoT (Internet das Coisas, em tradução literal). Conforme estimativas da International Data Corporation (IDC), US$ 737 bilhões foram investidos nessa tecnologia em todo o mundo em 2016. A maior parte desses aportes concentrou-se na indústria, com US$ 178 bilhões investidos. O Brasil ainda não está acompanhando de perto este movimento – o País ficou na 70ª posição entre os 141 países analisados pelo Índice Global de Inovação 2015 –, mas pode evoluir no futuro.
“Desenvolver, integrar e colocar tecnologias desse tipo em um ambiente seguro e confiável demanda tempo e dinheiro. Por isso, é fundamental que elas sejam implantadas em etapas. A empresa que deseja investir em TI (Tecnologia da Informação) e em IoT precisa traçar um roadmap tecnológico de implantação com metas claras e priorizar os projetos que irão trazer mais retorno financeiro à empresa, alinhado às estratégias globais da organização”, explica Alexandre Watanabe, especialista em Indústria 4.0 da Fundação da CERTI.
O case da Tyson Foods
Diante do aporte financeiro destinado à Internet das Coisas fora do Brasil, não é difícil se deparar com cases de sucesso de grandes corporações que estão encontrando na tecnologia um importante diferencial competitivo. A Tyson Foods, uma das maiores empresas de alimentos do mundo, instalou recentemente em uma das suas fábricas de salsicha a IoT para monitorar os dados de seu processo produtivo, já que o ponto mais importante desse recurso está, justamente, na possibilidade de uma análise de dados feita com maior precisão e em maior quantidade.
Para isso, a empresa investiu no sistema PI System da OSIsoft, que é um conjunto de diversas tecnologias capazes de permitir a diminuição da mão de obra e auxiliar na análise dos dados obtidos na produção, possibilitando que melhores decisões sejam tomadas.
O sistema tem a capacidade de analisar cerca de 2.500 dados na planta, fazendo com que a eficiência da produção aumente e os desperdícios possam, então, ser diminuídos. Não à toa, a empresa conseguiu melhorias de 0,5% na produção das salsichas (sendo que uma melhora de 0,1% já seria o suficiente para pagar o investimento).
Para a Tyson Foods, isso representou uma economia de 50 mil toneladas de salsichas, além da padronização do seu processo produtivo, responsável por evitar o desperdício de produtos e os gastos elevados de produção.
Este caso é apenas um exemplo de como a indústria está mudando com o uso de tecnologias como a Internet das Coisas para a melhoria da produção e o aumento da competitividade.
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