O Brasil será o principal exportador mundial de alimentos nos próximos dez anos. A estimativa é de um estudo da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) em conjunto com a OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico). Esses produtos certamente precisarão de embalagens capazes de vender em mercados competitivos e com hábitos e culturas diferentes dos nossos. Como desenvolver um recipiente capaz disso?
1 - Conheça bem o cliente e o produto, e tenha um briefing detalhado. “Para que não aconteçam surpresas desagradáveis no projeto”, explica o coordenador de projetos da Premier Pack, Pedro Silveira. O passo seguinte é a modelagem da embalagem, com a elaboração dos desenhos técnicos para fabricação e definição das especificações técnicas.
2 - Tenha informações relevantes ao processo de fabricação dos alimentos ou bebidas a que as embalagens estarão submetidas. Processo de envase manual ou automático, velocidades, se há autoclave, etc. Isso vai influenciar na definição funcional da embalagem.
3 - Conheça o mercado. Analise a cultura local e público-alvo. Isso vai ajudar o designer a criar a melhor alternativa para o produto e leva ao próximo passo: possíveis adaptações.
4 - Elas serão necessárias ou não dependendo das exigências do mercado. O design estratégico da Casa Rex, Cristiano Vinciprova Machado, ensina que enquanto uma limpeza visual é normalmente associada a uma estética premium nos mercados ocidentais, por exemplo, na China essa qualidade está ligada a extremos visuais, como excessos de luzes, brilhos e acabamento tridimensionais.
5 - Por isso, invista em uma aparência atraente, com possíveis efeitos especiais, um bom design, cores e, talvez, recursos multissensoriais que ativem os cinco sentidos do consumidor.
6 - O relatório “Embalagens para Exportação - Alimentos e Bebidas” desenvolvido em 2015 pelo Instituto de Embalagens em parceria com a Apex Brasil (Agência Brasileira de promoção de Exportações e Investimentos) lembra da importância em traduzir o rótulo e de ilustrá-lo com modos de preparo.
7-Ainda segundo a publicação: “Inove”, pois novas tecnologias são um bom diferencial para abrir espaço para elevar ganhos;
8-Valorize a brasilidade. O País é bem visto lá fora.