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BSC 4.0

Nascido na década de 90, o BSC ainda é o preferido das empresas na era da Indústria 4.0

Kaplan e Norton(1) criaram na década de 90 o conceito do Balanced Scorecard, conhecido também pela sigla BSC, em resposta à tendência das organizações de medirem seus desempenhos somente pelos resultados financeiros. A proposta contempla, além da financeira, outras perspectivas, comumente chamadas de clientes, processos internos e, aprendizado e crescimento.

A ferramenta conta com adeptos e críticos, mas, até por falta de uma alternativa viável, é a preferida por grande parte das empresas, quaisquer que sejam seus portes ou mercados de atuação. Muitas corporações adaptam seus conceitos a suas realidades, mas mesmo estas não deixam de usar sua lógica e a sigla BSC.

Hoje em dia é comum, inclusive, a aplicação de customizações do seu modelo a outros propósitos, como se vê no exemplo da sustentabilidade, com o SBSC (Sustainability BSC) de Figge(2), ou o modelo de avaliação da sustentabilidade, criado pelo autor deste material(3).

Agora, com a chegada da indústria 4.0, o “velhinho” BSC sofrerá um novo questionamento, será que ele se adapta ao novo momento, ou talvez seja enfim deixado de lado como o simpático Fusca na década de 80 e depois 90. Ou, quem sabe se na era da integração homem-máquina não teremos a performance do Watson(4) medida pelo BSC?

Isso é o que veremos! Contudo, pelo que já podemos perceber, o BSC parece cair bem na nova roupagem da indústria 4.0. Arrisco dizer que devemos acrescer em breve uma nova perspectiva que fale de tecnologia lá em sua base, por que não em paralelo com aprendizado e crescimento? Seria uma resposta evolutiva à sua utilização hoje comumente atrelada à perspectiva processos internos.

De toda forma, o BSC parece ainda presente e consolidado nas empresas, adaptando-se de forma simples aos novos modelos de gestão, tecnologias e até aos gestores em suas gerações X, Y e Z (em breve). Longe de ser um modelo eterno, ele, contudo, mostra resiliência e aplicabilidade às realidades atuais das organizações.

Por fim, não duvidem se, quando enfim chegar sua aposentadoria, tivermos turmas de nostálgicos formando o clube do BSC, para relembrarem os tempos em que os resultados eram medidos em perspectivas, sentados numa mesa vestindo camisetas coloridas estampadas com pirâmides, sob o quadro de Kaplan e Norton na parede.

Referências:

(1) Kaplan, R. S., Norton, D. P. (2000). The Strategy-Focused Organization: How Balanced Scorecard Companies Thrive in the New Business Environment. Harvard Business Review Press; 1st edition.

(2) Figge, F., Hahn, T., Schaltegger, S., Wagner, M. (2002). The sustainability Balanced Scorecard – linking sustainability management to business strategy. Business Strategy and the Environment, 11, 269–284.

(3) Nicoletti Junior, A., Oliveira, M. C., Helleno, A. L. (2018). Sustainability evaluation model for manufacturing systems based on the correlation between triple bottom line dimensions and balanced scorecard perspectives. Journal of Cleaner Production, 190, 84-93.

(4) Referência ao Watson da IBM – https://www.ibm.com/watson/br-pt/

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