As opções de alimentação fora do lar têm aumentado. Além dos serviços de delivery e drive-thru, o Brasil está tomando gosto por outra opção, também batizada em inglês: o grab and go. Embora na Europa e nos Estados Unidos seja relacionado para vending machines de bebidas e alimentos em geral, por aqui ainda é embrionário, usado para máquinas de refrigerantes e como sinônimo de rotisserias, que servem comida caseira, fresca e pronta para levar para casa.
Pesquisa "Hábitos Alimentares – Uma Década sobre Alimentação no Brasil", parceria entre a Toledo & Associados e a ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), que compreende o período de 2005 a 2015, afirma que, hoje, 40% das despesas de alimentação fora de casa são gastos em comida para ser consumida em casa ou no trabalho, em formatos como take away e drive-thru. Nos Estados Unidos, esse dado salta para 60%.
Segundo o diretor da ECD, consultoria especializada em food service, Enzo Donna, o crescente sucesso desse modelo de serviço em território nacional é justificado pelo fato de o brasileiro valorizar e almejar por uma comida com tempero caseiro para levar para casa. Redes como Eataly, Zaffari e Hirota têm explorado a ideia.
O conceito, no entanto, não é tão novo. O Pão de Açúcar começou a oferecer pratos frescos há 15 anos, a partir de um projeto de rotisseria dentro do supermercado. O conceito evoluiu e, hoje, a unidade Real Parque é a primeira da rede a ser construída especificamente para que os clientes possam observar todo o processamento da comida. Nessa loja, especificamente, a rotisseria chegou a representar 10% do faturamento. “Se você pensar que o açougue atingia 8% e a padaria 3%, esse número é muito expressivo”, comenta Donna.