Harmonizar cerveja artesanal com os pratos do seu estabelecimento pode ser tão surpreendente quanto a clássica combinação feita com vinho. E pode ser tão atrativo e rentável quanto a bebida de Baco (deus do vinho), por isso tornou-se uma verdadeira vedete em restaurantes de todo o Brasil, ganhando uma página especial no cardápio. Com alto valor agregado, o produto especial já tornou-se um fator de diferenciação de mercado e, ao contrário do que pode-se imaginar, não precisa de grande variedade para começar a integrar o menu.
“Desenvolver uma carta de cerveja é semelhante ao processo usado para o vinho, porém ela tem diferente capacidade de combinação com todos os pratos, da entrada à sobremesa, devido a sua ampla variedade”, comenta o professor da pós-graduação em Gestão e Tecnologia da Cerveja da Universidade Positivo, Ronaldo Flor.
O especialista indica dar o pontapé com quatro grupos de cerveja, que agradam os paladares dos iniciantes. Tome nota.
Pilsen: tem mais malte e são mais amargas. Combinam com peixes frutos do mar, linguiça e salada.
Trigo: pouco amarga e é mais encorpada. Ideal para acompanhar queijos.
Stout: de cor escura, apresenta diferentes tipos de corpo e álcool. Vai bem com sobremesa à base de chocolate, pratos condimentados e grelhados.
IPA: cheia de aroma e com intenso amargor. A harmonização é perfeita com carnes e aves.
Beber menos e melhor é o lema
Geralmente, a cerveja artesanal faz mais sucesso no jantar, apesar de ser possível de ser saboreada em qualquer horário, inclusive no almoço durante a semana. “O cliente desse tipo de bebida tem outro hábito. Ele quer entender o sabor e por isso bebe menos, assim, se dá a liberdade de beber no almoço em dias de expediente de trabalho.” Por isso, vale a pena entender os hábitos de quem frequenta seu estabelecimento e, dependendo do resultado, criar uma campanha de marketing que desperte esse novo momento da cultura cervejeira.