Os brasileiros estão buscando um estilo de vida cada vez mais saudável e sustentável. O novo perfil de consumidor busca saudabilidade, indulgência e acessibilidade econômica, ao mesmo tempo em que se interessa sobre a origem dos ingredientes consumidos diariamente. Na prática, todos estão compreendendo que alimentação saudável e qualidade de vida são sinônimos. Na teoria, estudos revelam informações cada vez mais relevantes.
Pesquisa realizada pela Ingredion, em parceria com a Consultoria Opinaia, mostra que 90% dos brasileiros buscam uma alimentação mais saudável e nutritiva nos produtos vegetais. Em termos percentuais, o ranking de interesse pelos alimentos vegetais é composto por Brasil (90%), Peru (89%), Argentina (78%) e Chile. Os números mostram um mercado cada vez mais promissor.
Outro dado interessante da pesquisa da Opinaia é sobre a aceitação de produtos. As massas são as mais procuradas por 74% dos entrevistados, seguida de perto pelos iogurtes (73%), biscoitos (69%) e sorvetes (69%). Dentro deste contexto, vale o destaque para o mercado lácteo. Uma pesquisa mais antiga da Mordor Intelligence já calculava que 85% dos brasileiros possuem algum nível de intolerância à proteína do leite de origem animal, ante 69% dos chilenos e 60% dos argentinos.
Ainda de acordo com a Mordor Intelligence, o crescimento das doenças alérgicas e de intolerância à proteína dos leites de origem animal deve impulsionar em mais de 5% a demanda no mercado sul-americano dos leites e derivados vegetais, nos próximos cinco anos. A receita estimada para esse tipo de mercado é de US$ 600 milhões em 2020. O número é cerca de US$ 150 milhões maior que o valor movimentado em 2018.
Tais números revelam que está cada vez mais difícil associar a dieta vegetal com ativismo e ideologia. Os dados e as pesquisas oferecem o respaldo técnico. A oportunidade de novos negócios é evidente e alimenta uma demanda que cresce a cada dia.