De um total de 100 pontos de uma avaliação do instituto Fairr Initiative sobre segurança sanitária na produção de carne, frigoríficos brasileiros juntos alcançaram uma média de 16 pontos. As piores avaliações vêm da segurança alimentar e do uso de antibióticos. Como o Brasil é o segundo maior produtor mundial de carne bovina. De acordo com o instituto, isso torna as condições das carnes brasileiras uma preocupação em todo o mundo.
A pontuação é baseada em informações públicas das companhias – relatórios sobre sustentabilidade, além de informações – desta maneira, a avaliação mais baixa é quando não existem informações sobre determinado indicador; quando indicadores são públicos, alcançados e detalhados mais alta é a nota.
Segundo a diretora do instituto, Maria Lettini, as empresas mostram um gerenciamento ruim dos nove riscos no índice. “No total de empresas que avaliamos, 60% delas são classificadas como ‘alto risco’. Isso significa que elas nem sequer possuem estruturas básicas para gerenciar a maioria desses riscos”.
Ainda de acordo com Maria, a sustentabilidade da produção brasileira é uma preocupação crucial não apenas para os investidores, mas também para os governos, já que as importações de carne e soja são importantes questões do comércio internacional.
Dentre as principais recomendações do instituto para reverter este quadro estão a melhoria dos sistemas de rastreabilidade de carne referente à toda cadeia de produção, desenvolvimento de uma política clara quanto a utilização de antibióticos, além do comprometimento de um maior monitoramento referente a toda cadeia de fornecedores.