O termo "fígital", união das palavras físico com digital (em inglês, “Phygital”), nasceu no mundo do marketing para tentar definir as experiências de consumidores em ambientes de vendas híbridos, simultaneamente físicos e digitais.
Muito utilizado nos últimos 5 anos nas conversas do varejo, não existe expressão melhor para resumir como serão as embalagens daqui pra frente. O físico leva para o digital e vice-versa. Não são poucos os produtos vendidos hoje no canal digital, através de clubes de assinatura e outros formatos similares. Quando o produto chega, a embalagem literalmente conversa com o consumidor, detalha os benefícios, sugere melhor formas de uso e pode até fazer o agendamento dos horários corretos de consumo, integrando com a agenda do celular do consumidor.
E não estou falando de aplicativos pesados e tecnologias do outro mundo. Pelo contrário! Na África do Sul, a Coca-Cola acabou de lançar uma lata interativa onde o consumidor precisa apenas apontar a própria câmera do celular para ter acesso a filtros de Realidade Aumentada e experiências compartilháveis com a marca. Os conteúdos interativos são atualizados toda semana e o material produzido pelo consumidor rapidamente viraliza nas redes sociais. Exatamente a mesma tecnologia utilizada pela Coca-Cola está disponível no Brasil para marcas de todos os portes e segmentos. Basta ter coragem para inovar e criar conteúdo relevante para o seu público.
Para os conectados (quem hoje não é?), que esperam muito mais que bons produtos, as embalagens devem trazer novas sensações, acessibilidade, consciência social, personalização, beleza, autonomia, entretenimento e o nível máximo de simplicidade.
O "fígital" no mundo das embalagens interativas é uma longa jornada de aprendizado. E nessa jornada, marcas e fornecedores estão cada vez mais preparados e, ao mesmo tempo, cada vez menos prontos. É tempo de testar para aprender.