Os quatro dias de evento da Fispal Tec 2019 foram de intenso trabalho e pesquisa no Lab de Soluções. Parceria entre o evento e o Instituto Senai de Tecnologia - Alimentos e Bebidas, a atração uniu profissionais e empresas, gerando abordagens inovadoras para problemas reais.
Duas empresas trouxeram, no primeiro dia do evento, desafios enfrentados no dia a dia. Essas questões foram passadas para duas equipes de alunos do Senai SP de diferentes cursos. As equipes então desenvolveram e apresentaram soluções inovadoras para esses desafios. O resultado? Um hub de ideias e uma troca intensa de experiências e criatividade.
Embalagens olfativas e consumo multissensorial
A Ananse Química, focada em microencapsulamento de aromas, lançou a questão: "como trabalhar embalagens olfativas, que permitam ao consumidor sentir o cheiro do alimento sem precisar abrir o pacote?". Foram quatro dias de criação para os times.
Enquanto a equipe azul apostou em uma solução focada em criar experiencias no PDV, a equipe laranja sugeriu uma etiqueta multissensorial, com uma experiência mobile ao consumidor. Com um QR Code, o projeto integrava olfato, visão e audição, com vídeos de realidade aumentada.
A apuração das notas deu o prêmio à equipe laranja, mas o ganho foi coletivo. "Ficamos muito felizes com essa experiência. Os dois grupos atenderam ao desafio e cumpriram os requisitos. Participar e interagir com os grupos foi a melhor parte", comentou Flávio Machado, pesquisador e desenvolvedor da Ananse.
PHmetro: inovação para medição em frigoríficos
No segundo desafio do Lab de Soluções, a Minerva Foods solicitou aos times uma nova proposta para um PHmetro. O desafio era criar um equipamento mais funcional e robusto, capaz de lidar com a alta umidade do ambiente de frigoríficos e, ainda assim, garantir uma medição confiável.
Assim, com o desafio lançado, os times trabalharam intensamente longo do curto tempo disponível. Em um resultado decidido nos décimos, a equipe azul conseguiu a vitória. O time foi responsável por uma opção de pHmetro robusta e resistente à umidade, com um formato cilíndrico que reforçava a proteção.
Diante de duas propostas tão satisfatórias, a Minerva convidou os grupos a desenvolverem protótipos de seus projetos junto à empresa. Ou seja: novamente, saldo positivo para todos os envolvidos. "Temos muito interesse em dar continuidade a essas ideias. Mesmo com um problema tão específico, cada grupo foi capaz de trazer uma abordagem distinta", comentou Diogo Isoton, gerente de engenharia de processos da Minerva. "Essa visão externa e sem vícios gera resultados muito interessantes", pontuou.