Os espumantes brasileiros já são reconhecidos em território nacional e internacional, sendo premiados em diversos concursos. Além disso, nosso País consegue atender às demandas de preço e qualidade de vinho. Porém, donos de estabelecimentos ainda afirmam que têm problemas para aumentar o consumo. Parte disso deve-se à falta de informações sobre a bebida no momento de fechar a venda.
De acordo com o líder da área de Marketing da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), Marcelo Pontes, falta às empresas saberem quantas pessoas entendem o que elas estão falando. “Ás vezes fala-se sobre quais notas o vinho possui, enquanto grande parcela de consumidores só quer saber se ele é bom e se tem bom preço.” Uma solução para isso seria popularizar a bebida, mostrar que não precisa ser um especialista para tomar uma taça de vinho. “Italianos e franceses tomam a bebida sem esse ritual todo, um jantar normal em uma casa de classe média tem essa opção”, compara.
"Quem falou que eu não posso ver um jogo de futebol e beber um vinho?", reflete Marcelo Pontes, da ESPM
Embora pareça um bom negócio apresentar diversas marcas distintas para o consumidor, isso pode atrapalhar a compra. O professor aponta que locais de venda como lojas de vinhos, lojas de bebidas e supermercados compartilham de um mesmo problema que alguns autores chamam de superescolha. “Uma quantidade tão grande de marcas com um apelo muito parecido de rótulo, de design da garrafa, e marcas se confundem com categorias”.
Na contramão dessa superescolha há a falta de informação: vinhos trazem em seus rótulos a categoria cabernet, sem identificar a marca, por exemplo. Em casos como esses, o cliente compra por indicação de amigos ou da loja. Afinal, segundo Pontes, nem todo mundo que gosta de vinho quer ser um sommelier. De maneira resumida, para aumentar as vendas, o especialista indica:
- Descobrir com quem se está falando
- Buscar superar o problema da superescolha
- Partir para a tentativa de inovação