O alumínio usado nas cápsulas de café da Nespresso tem o objetivo de fechar cuidadosamente e embalagem e proteger do ar, luz e umidade, produzindo um café de sabor e aroma de qualidade. Segundo a empresa, por ser infinitamente reciclável, o alumínio tem sido essencial para a sua jornada de sustentabilidade.
Dentro dessa jornada, a Nespresso tem incluído as metas de sustentabilidade como condição para pagamento de bônus dentro da empresa. Dessa maneira, o empenho de todas as áreas significa uma remuneração extra ao fim do ano.
A gerente de sustentabilidade da Nestlé Nespresso, Cecilia Seravalli, explicou o sistema no Round Table "Movimento Upcycling Food: Inovações e avanços no setor de alimentos e bebidas que atendem a demanda de sustentabilidade do consumidor", durante o evento digital Warm Up FiSA 2022.
"Uma diretriz global da empresa foi a recomendação de que uma das metas de negócios, que vai influenciar no bônus de toda companhia - do CEO ao analista -, seja uma métrica relacionada a sustentabilidade. Isso mostra a maturidade da organização, todos têm que realmente pensar na sustentabilidade quando está desempenhando suas tarefas e a gente realmente vê uma movimentação de todos os departamentos", conta Cecilia.
A meta de 2022 envolveu a eficiência da empresa em recolocar no mercado a maior parte possível do principal material utilizado nas cápsulas de café: o alumínio.
“O material da cápsula é essencialmente o alumínio. Ele foi escolhido por ser o melhor material para proteger o café, que é suscetível a luz e umidade. E também porque é infinitamente reciclável. Por isso, pode ser feito outro produto de qualidade igual ou superior às capsulas”, diz.
Com o programa de metas de sustentabilidade, em dezembro do ano passado, a Nespresso conquistou a taxa de reciclagem de cápsulas de 25%. Hoje, a taxa de reciclagem de cápsulas global da Nespresso é de 28%. Os esforços no Brasil são significativos e, atualmente, 100% dos clientes tem acesso a uma solução de reciclagem com o objetivo de ultrapassar essa taxa e aumentar a circularidade.
Para 2023, a empresa seguirá investindo para engajar cada vez mais pessoas na reciclarem e, por isso, tem como meta chegar a 30% da taxa de reciclagem de cápsulas.
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A primeira cápsula de café da Nespresso foi lançada em 1986. Em 2009, a empresa se tornou membro fundador do ASI (Aluminium Stewardship Initiative), responsável por criar os primeiros padrões de alumínio sustentável e, em 2018, utilizou o primeiro alumínio produzido de maneira sustentável no mundo.
A representante da Nespresso afirma ainda que o uso do alumínio é muito eficiente para fortalecer o conceito de upcycling ou reutilização com ganho de valor ao longo da cadeia.
“A gente tem um projeto junto a uma marca suíça, que produz canetas a partir do conteúdo das cápsulas que utilizamos aqui. Assim, a gente mostra que o material pode voltar à cadeia e se tornar um objetivo de maior valor agregado”, conclui Cecilia.
Em uma trabalho conjunto entre a Nespresso e Caran d’Ache, a caneta clássica 849 foi recriada em alumínio reciclado. Outro produto desenvolvido com as cápsulas recicladas é o canivete criado em parceria com a Victorinox. As cápsulas são aproveitadas ainda na produção das bicicletas Velosophy.
No âmbito social, o ASI envolve uma série de normas que garantem uma produção e reciclagem éticas. “Para que a produção de alumínio se adeque ao ASI, ela precisa se atentar à redução máxima de desperdício, do impacto ambiental e dos gases do efeito estufa; precisa respeitar a biodiversidade e ter um gerenciamento eficaz do consumo de água; a produção também deve se preocupar com a proteção dos direitos da população indígena e de áreas de preservação”, descreve a empresa em seu site.
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