Vamos abrir um café? Um bar? Uma steak house? Um restaurante italiano?
Quantas vezes ouço isso de conhecidos (ou não). Mas como tomar a decisão de abrir um negócio de alimentação. Como e por que abrir um estabelecimento que serve alimentos e bebidas?
Em que devemos nos atentar antes de, simplesmente, abrir um negócio no setor? Pois tenham certeza: não é tão simples assim!
Já são 25 anos atuando em food e hospitalidade, e já vi sonhos se concretizarem e outros desmoronarem.
Um restaurante japonês que abre em área de condomínio residencial sem delivery e chega a pandemia; um café que vira japonês; um almoço entre amigos que enxerga a placa “passa-se o ponto” e vira um novo conceito de negócio que já tem operação em outra cidade há mais de 20 anos; um dinning club que vira um restaurante ítalo contemporâneo que serve apenas jantar quatro vezes por semana; uma drinkeria que vira balada.
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Todos os sonhos são válidos e para se concretizarem precisam de alguns detalhes. Negócios evoluem ou não conforme alguns aspectos de mercado. E, principalmente, atenção à alguns pontos que menciono abaixo.
Primeiro foquem no conceito, e aqui já temos vários aspectos que precisam ser considerados: mercado de atuação, cardápio, público-alvo, ticket médio esperado e tipo de serviço a ser oferecido.
Na sequência a observação do ponto, dos “concorrentes” mais próximos e entendimento de como criarei um diferencial nesse espaço onde quero me inserir.
Aí vamos pensar na ambientação, decoração dos espaços, mobília, louças, equipamentos e utensílios, parcerias, marcas que fazem sentido com tudo o que foi dimensionado para o negócio. Observo hoje em dia muitas marcas que não conversam com o conceito do negócio em destaque. Sim, precisamos de investimentos, apoios financeiros, mas é importante buscar dentro do conceito desenhado.
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E, para mim que lido com formação de times e treinamentos, o quarto ponto que deve ser observado como muito importante e relevante para o sucesso de uma inauguração é o TIME. Precisamos investir fortemente em recrutamento, seleção, capacitação e treinamentos constantes para que nossas equipes consigam transmitir aos clientes tudo o que foi planejado, e está sendo vendido.
Acredito fortemente que, observando os quatro pontos acima, o negócio já começa a ter consistência, e a chance de continuidade e sucesso ficam mais próximas.
Nos vemos no próximo artigo onde continuarei com o tema inauguração.
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