Seja no leite para o café da manhã, no consumo de sucos e chás durante o almoço, ou até na utilização de creme de leite ou leite condensado em receitas para sobremesas do jantar, bebidas e alimentos envasados em embalagem cartonada já fazem parte do dia a dia dos brasileiros.

Com um crescimento de 10% na produção física de embalagens de papel e papelão só no segundo e terceiro trimestres de 2022, como mostra o Estudo ABRE Macroeconômico da Embalagem e Cadeia de Consumo, esse setor mostra sua relevância para um mercado alimentício que busca, além de praticidade, segurança e proteção do alimento, uma embalagem acessível e que traga experiência positiva ao consumidor.

Mercados como o de lácteos, sucos, e até alimentos sólidos, como vegetais e grãos, já disponibilizam seus produtos nas famosas caixinhas cartonadas. Mas seriam esses os únicos mercados com a possibilidade de se unir à embalagem? A resposta é não.

Mercados promissores

Temos hoje diversos mercados promissores, com potencial para envase em embalagem cartonada. São setores que oferecem alimentos e bebidas à população, e que podem contar com a tecnologia e segurança de um envase feito para proteger os alimentos, as pessoas e o planeta.

Bebidas proteicas

Um dos mercados mais comentados nos últimos tempos tem sido o de bebidas proteicas. Segundo dados levantados pela Mondor Intelligence, o mercado global de bebidas proteicas prontas para beber foi avaliado em 1.341,76 milhões de dólares em 2020 e deve registrar uma taxa de crescimento anual de 7,72% entre 2022 e 2027.

Com uma elevação do consumo, especialmente de pessoas em busca de uma vida mais saudável, esse é um mercado promissor para o setor de embalagem cartonada, especialmente pela possibilidade de oferecer um produto prático, de fácil manuseio e consumo, e, é claro, que proteja o alimento.

Bebidas plant-based

Pensando também no consumo de bebidas e alimentos saudáveis, não podemos esquecer do setor de bebidas plant-based (à base de plantas), que, de acordo com o Market Research Future, atingirá um montante de 389,07 bilhões de dólares até 2030.

Com um foco principalmente no público vegetariano, vegano, alérgico à lactose ou em busca de uma vida mais saudável, esse tipo de alimento é uma alternativa para quem deseja reduzir o consumo de lácteos tradicionais, e que foca na produção de bebidas à base de derivados de plantas, como por exemplo vegetais, legumes, grãos, sementes, castanhas e frutas. Por ser um mercado de alto valor agregado, é também um setor com potencial e já bastante presente nas embalagens cartonadas.

Bebidas alcoólicas

Outro exemplo de um mercado promissor é o de bebidas alcoólicas. Tradicionalmente, o consumidor está mais acostumado a consumir esse tipo de bebida em embalagens de alumínio e vidro, porém, é nítida a adaptação para embalagens cartonadas.

Recentemente, tivemos o lançamento da BevBox, primeira bebida alcoólica pronta para consumo envasada em embalagem cartonada. Criada pela startup Babuxca, a bebida foi desenvolvida por meio do programa de aceleração Startup Tetra Pak, do qual a empresa participou na primeira rodada, em janeiro de 2021.

Sua idealização levou em conta duas tendências em alta: os drinks prontos para consumo e a utilização de ingredientes naturais. Hoje, a marca fornece aos seus consumidores um produto alcoólico pronto para beber em embalagem cartonada – uma inovação no mercado brasileiro, e que só destaca o verdadeiro potencial desse setor.

Tetra Pak

Embalagem cartonada da bebida alcoólica BevBox

Água

E com um mercado tradicionalmente envasado em embalagens plásticas, o consumo de água vem crescendo também em embalagens cartonadas. Tanto que de 2020 a 2022, pelo menos 3 marcas foram lançadas no Brasil: A9, Água na Caixa e Simply Water. Com um público que busca uma alternativa mais sustentável, a embalagem cartonada é a melhor escolha, ao combinar aspectos de renovabilidade, reciclagem e pegada de carbono.

Molhos de tomate

Mas não se engane achando que esse é um mercado apenas para bebidas, pois os alimentos pastosos e sólidos também têm espaço e potencial. É o caso do lançamento da Cepêra, que apresentou sua nova linha de molhos de tomate envasada em embalagem Tetra Recart, cartonado exclusivo para alimentos sólidos e semissólidos.

O futuro está na inovação 

Com uma visão mais clara sobre quem são esses mercados, quais seriam os próximos passos para o fomento do cartonado nesses setores promissores? A resposta é uma só: inovação. A Tetra Pak entende que um dos grandes objetivos da embalagem cartonada, e até a missão da própria companhia, é proteger os alimentos, as pessoas e o planeta.

E ao criar um produto, ou investir em um novo nicho, é fundamental que as companhias inovem não apenas no alimento ou bebida em si, mas que também pensem em como se diferenciar na própria embalagem, que é relevante não apenas para a entrega do produto, mas também para o transporte, estocagem e até distribuição.

Pensar em inovação também envolve uma etapa muito importante nesse desenvolvimento, que é pensar na embalagem. É por isso que acreditamos que o nosso setor tem capacidade de mudar a forma de como os alimentos e bebidas são distribuídos, sempre com foco na qualidade e proteção de toda a cadeia que produz e consome. Inovação, sempre!

 

* Danilo Zorzan é diretor de Marketing da Tetra Pak Brasil. Engenheiro de alimentos pelo Instituto Mauá de Tecnologia e com MBA em Propaganda e Marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Danilo Zorzan acumula mais de vinte anos no setor de alimentos e bebidas. Em sua trajetória dedicou-se a projetos globais com foco no desenvolvimento de novas soluções e impulsionamento de vendas na indústria alimentícia.