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Como escolher o tipo certo de garrafa de vinho

Muitas vezes, o consumidor sequer se dá conta que a escolha por um material ou design para a embalagem de um produto, está igualmente equilibrada entre o apelo estético e a sua conservação.

Quando falamos em uma garrafa de vinho, por exemplo, são muitos os aspectos que podem influenciar a decisão dos produtores. Entre elas, a opção pelo vidro em detrimento ao plástico — que é mais acessível. Por isso, vamos avaliar neste artigo tudo aquilo que passa pela mente dos produtores ao idealizarem o melhor tipo de garrafa de vinho para os seus produtos. Acompanhe!

 

O que considerar ao escolher a garrafa de vinho?

Do plástico ao aço, alumínio, vidro e outros materiais... O que os produtores colocam na balança ao lançar suas soluções no mercado? Para Luciana Pellegrino, diretora executiva da ABRE (Associação Brasileira de Embalagem), é importante entender que “as embalagens devem atender a diferentes requisitos simultaneamente, conferindo ao produto tanto sua integridade como competitividade junto ao mercado”.

Quer dizer: não basta o pensamento estético para chamar a atenção do público-alvo, no ponto de venda. As embalagens devem prezar, prioritariamente, na conservação do produto em seu interior. Luciana aponta alguns aspectos a serem levados em consideração, como:

 

  • Preservação do conteúdo;
  • Segurança alimentar;
  • Proteção física durante as etapas de logística e de comercialização;
  • Apresentação, considerando tanto a representação da marca, dos diferenciais do produto e sua comunicação com o público alvo;
  • Experiência agradável de consumo.

Para a diretora executiva da ABRE, a integração de todos estes aspectos deve culminar também com a expectativa de custo e preço do produto no varejo”. Desafiador, não é mesmo?

 

A garrafa de vinho pode influenciar nas características da bebida?

Já ouviu alguém dizer que o refrigerante em garrafa de vidro é melhor do que aqueles comercializados em garrafas de plástico? Ou, ainda: já reparou como as grandes produtoras de vinho passam longe do plástico para armazenar o conteúdo de seus grandes rótulos? Existem alguns motivos para isso.

No que diz respeito à influência das características originais da bebida, pode-se dizer que o vidro atua como um verdadeiro protetor solar, assegurando a conservação das propriedades da bebida. Além disso, o plástico é mais poroso do que o vidro, o que pode facilitar a alteração em algumas características da bebida, como o seu aroma ou sabor.

Luciana, no entanto, alerta para outros valores que passam, invariavelmente, pelo posicionamento da empresa, o seu alinhamento com o perfil e exigências do consumidor e, ainda, os custos de produção:“O conjunto composto pela garrafa, rótulo e sistema de fechamento irão compor a qualificação do produto pelos consumidores. Conforme pesquisa realizada pela ABRE junto com a GFK, para o consumidor, a embalagem e o produto caracterizam como um único elemento, indissociáveis. Dessa forma, a embalagem deverá entregar um produto que enalteça os seus diferenciais, ajudando a compor a atmosfera do momento de consumo”, avalia a diretora executiva da ABRE.

Isso significa que, além das características de cada material, existe todo um cuidado mercadológico em confeccionar a garrafa de vinho ideal: o consumidor.

 

Qual é o impacto da garrafa de vinho na percepção do consumidor?

Já se pegou em um supermercado ou loja especializada de vinho com dois vinhos desconhecidos nas mãos e optou por aquele que soava mais atrativo ao olhar?

Isso acontece, especialmente, com o consumidor que ainda conhece pouco a respeito de vinhos. Por isso, as produtoras procuram estabelecer um diálogo com ele por meio dessa apresentação que, de acordo com Luciana, passa por algumas considerações:“Para se comunicar com cada público existem alternativas em embalagens que se adequam precisamente a cada estratégia de mercado. No que se refere às garrafas, vemos tanto formatos diferenciados com pescoço levemente mais longos, como volumes e mesmo espessura. Já no que tange aos rótulos, o mercado brasileiro dispõe de diferentes alternativas de impressão, decoração, corte a laser, que podem construir mensagens personalizadas para criar a comunicação com o público alvo. Quando falamos de sistemas de fechamento, da mesma forma as tecnologias se diversificaram. E, além da rolha de cortiça é possível encontrar alternativas menos custosas, como a rolha sintética ou a rolha de alumínio rosqueável”, esclarece.

Isso tudo muito bem alinhado ao crescimento econômico social do Brasil, que, de acordo com Luciana, tem feito o mercado (não apenas o de vinhos) diversificar suas estratégias. Inclusive, para atrair e atender os consumidores de menor renda, ajudando a reforçar os índices de crescimento do setor.

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