A qualidade de um produto precisa estar associada à sua apresentação visual, começando pela sua embalagem, que além de serem visualmente atraentes afastam riscos de contaminação. “Quanto menos manuseio de alimentos nos supermercados, melhor para todos. Para o varejo, que reduz custos com mão de obra, e para os consumidores, na praticidade e na relação de confiança nos produtos embalados pela indústria”, avalia o presidente da Agas (Associação Gaúcha de Supermercados), Antônio Cesa Longo.
“O toque humano é o menor possível. A grande vantagem é manter a qualidade da carne fresca, podendo ser consumida em até 15 dias”, explica o diretor do frigorífico Silva, Ivon Silva Junior.
A tendência de os supermercados comercializarem carne já embalada foi percebida pela Marfrig, mais especificamente em Bagé (RS) que passou a investir em porções em embalagens, pois de acordo com a empresa, esse mercado ganhou força entre os anos de 2008 e 2018, período em que os consumidores brasileiros começaram a procurar por mais praticidade na alimentação em decorrência da correria diária.
Entretanto, segundo o presidente do Sicadergs (Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Rio Grande do Sul) Ronei Loxen, há um desafio para o crescimento deste segmento: o alto investimento por parte dos frigoríficos. “A tecnologia de embalagens com atmosfera modificada e os processos automatizados ainda são muito caros, o que acaba freando investimentos de indústrias menores”, comenta.