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Summit Future of Nutrition debate o tema inovação com sustentabilidade

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O primeiro dia do congresso da FiSA abordou os Food Ingredients e os desafios de regulação de ingredientes

Abordar a inovação associada à formação de cadeias alimentares sustentáveis, com ênfase no aproveitamento e conservação da sociobiodiversidade brasileira, é o tema deste ano do Summit Future of Nutrition. O tradicional congresso de inovação para o segmento de ingredientes alimentícios acontece de 8 e 10 de agosto, durante a Food ingredients South America (FiSA), que este ano comemora sua 25ª edição.

Na cerimônia de abertura do congresso, Andreas Mavrommatis, diretor de Marketing Global da Informa Market, organizadora da FiSA, deu as boas-vindas aos visitantes, palestrantes e participantes do Summit Future of Nutrition destacando importância de debater inovação e soluções com foco na melhoria da saúde e da qualidade de vida das pessoas.

“Estamos aqui juntos para aprendermos, compartilharmos experiências e insights que possam inspirar soluções. É com imensa alegria que convido a todos para se unirem a nós nessa jornada.”

Patrícia Tagliari, diretora adjunta da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), também esteve presente na cerimônia de abertura e destacou a necessidade de a Agência estar mais próxima do setor produtivo alimentício. “A Anvisa não quer ser vista apenas como um órgão regulador. Estamos buscando maneiras de sermos mais eficientes para que possamos favorecer o conhecimento e a inovação.”

O objetivo da sua diretoria, segundo ela, é simplificar, sempre que possível, os processos regulatórios, mas sem deixar de lado os cuidados com a qualidade e a segurança dos produtos.

Temas como regulamentação, bioinovação e pesquisa e desenvolvimento de novos produtos foram alguns dos assuntos discutidos por especialistas do setor neste primeiro dia de congresso. 

Desafios de regulamentação 

O tema regulamentação no setor alimentício sempre desperta o interesse, pois qualidade e segurança são pontos de fundamental importância para quem desenvolve e produz alimentos. Assim, o primeiro painel do dia foi dedicado ao debate sobre os desafios de regulamentação no mercado de ingredientes no cenário de sustentabilidade, que reuniu representantes da Anvisa e do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).

Ana Lúcia de Paula Viana, diretora do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA), do MAPA, comentou sobre a importância do autocontrole na regulamentação, ou seja, do compartilhamento de responsabilidades entre o setor público e privado. 

Com a cadeia produtiva cada vez mais autocontrolada, ciente de qual seu papel como produtora de alimentos, a sustentabilidade foi ganhando espaço. “Hoje, observamos que sociedade e indústria estão mais conscientes em relação, por exemplo, ao desperdício de alimentos e dos recursos naturais”, disse ela.

A inovação tecnológica também foi comentada por Ana Lúcia, que ressaltou que nem sempre o setor regulatório acompanha a inovação, mas que é preciso haver flexibilidade, por parte dos órgãos regulatórios, para acomodar as mudanças que estão ocorrendo no setor sem comprometer a segurança alimentícia, a inocuidade e a sustentabilidade. 

Importância da união de esforços

Patrícia Fernandes Nantes de Castilho, gerente geral de Alimentos da Anvisa, destacou a importância de uma aliança entre setores para que as mudanças necessárias sejam feitas para que um maior número de pessoas tenha acesso a uma alimentação saudável, inclusiva e sustentável. 

Nesse contexto, e pensando também na importância de os órgãos regulatórios acompanharem com mais agilidade as mudanças que estão ocorrendo, foi lançada uma Consulta Pública (1.158/2023), que trata da proposta de Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) que moderniza as regras, os fluxos e os procedimentos para a comprovação de segurança e autorização de uso de novos alimentos e novos ingredientes. O prazo para os interessados fazerem suas contribuições vai até o dia 30 de agosto.

Certificação voluntária

Hugo Caruso, diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (DIPOV), do MAPA, comentou, entre outros temas, sobre a certificação voluntária de produtos de origem vegetal dentro do setor algodoeiro.

A certificação voluntária permite, por meio da emissão do certificado oficial de conformidade, a agregação de valor ao produto brasileiro no mercado externo. Dentro do país, a certificação propicia ao setor produtivo ressaltar características de qualidade dos produtos, com mais informação ao consumidor.

“Em 2022, iniciamos um projeto-piloto para certificação de conformidade oficial do algodão brasileiro, pois o setor estava em negociação para exportar nosso produto para a China. Mas demos esse primeiro passo já visando outras cadeias”, disse Caruso.

Inovações relevantes e urgentes

“O Brasil possui representatividade quando pensamos em inovação no setor de alimentos e bebidas”, destacou Heloísa Guarita, CEO da RG Nutri, em sua participação no Summit. Segundo ela, o setor está vivendo um dos momentos mais importantes e interessantes na história da produção de alimentos. 

“Startups têm surgido nesse mercado com várias propostas, querendo inovar e, principalmente, pensando na cadeia de alimentos como um todo. Só assim conseguiremos inovar neste setor.” 

Ela ressaltou a importância de poder contar com empresas menores, que estão surgindo no mercado com diversas propostas, que serão as grandes responsáveis por ajudar na transformação que se faz necessária. Mas inovar quase nunca é fácil, e muitas vezes é preciso desconstruir o sistema vigente para criar uma nova realidade. 

“As empresas precisam pensar que a inovação é um dos pilares da longevidade, e por isso ela é fundamental”, disse Ary Bucione, CEO da NutriConnection, que lembrou alguns benefícios que uma empresa conquista ao inovar, como valor agregado ao produto, fidelidade do consumidor, sobrevivência, maior participação no mercado, entre outros.

No entanto, lembrou ele, é preciso diferenciar inovação de invenção. “A inovação é motivada pela relação custo-benefício, ou seja, o produto que vou criar tem que ser bom e acessível. É ela quem gera valor para a invenção.” Várias são as metodologias de inovação, como o open innovation, onde uma empresa abre suas portas para compartilhar suas ideias com outras fontes de informação, como com seus fornecedores.

Nos próximos dois dias, o Summit Future of Nutrition vai abordar os temas: Natural Ingredients: Orgânicos, Naturais e Veganos, e Health Ingredients: Funcionais e Nutracêuticos.

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Serviço

Data: 8 a 10 de agosto de 2023
Horário: terça à quinta-feira das 9h às 14h
Local: São Paulo Expo + Plataforma Digital FiSA Xperience

Promoção e Organização: Informa Markets Brasil

TAG: Tecnologia
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